Porque temos sempre mais vontade de comer quando estamos em casa?

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Com estes dias de isolamento em casa, quem não sente o apetite a crescer? Bem, nem toda a gente terá a mesma necessidade e há quem consiga manter uma certa disciplina. Excetuando estes casos, a verdade é que há sempre vontade de estar a morder qualquer coisa.

Como evitar que este repouso e resguardo forçado não acabe em quilos mais dentro de dias? Ao Delas.pt, a nutricionista Natália Cavaleiro Costa explica porque impera a sensação de um maior apetite quando se está por casa e deixa recomendações úteis sobre o que fazer para combater esta permanente sensação.

“Estar em casa é sinónimo de descompressão”,refere a especialista. “Habitualmente, chegamos a casa ao final do dia e é nessa altura que temos uma refeição mais calma e relaxada em família”, justifica.

Por isso, prossegue a nutricionista, “nestes dias atípicos em que hoje somos forçados a viver, estamos permanentemente entre as nossas quatro paredes, a tentar arranjar uma rotina entre graúdos e miúdos, um pouco mais tensos que o habitual e inevitavelmente a comida vai sendo o nosso refúgio, o conforto, o prazer garantido e seguro”.

Ora, é então imperativo “voltar a pôr tudo nos eixos e viver a normalidade possível, o mesmo se passa com a alimentação. Voltar a ganhar rotinas”, pede a especialista. E se aquela vontade de mordiscar qualquer coisa aperta, Natália Cavaleiro Costa deixa uma lista de snacks para evitar a ingestão errada ou exagerada de alimentos.

tremoçosTremoços [Fotografia: Istock]

 

Ovo cozido [Fotografia: Istock]

Gelatinas sem açúcar [Fotografia: Istock]

Palitos de cenoura

Palitos de cenoura [Fotografia: Istock]

Um punhado de frutos secos [Fotografia: Istock]

Já sobre como evitar ganhar peso nestas próximas semanas de quarentena, a nutricionista deixa cinco recomendações ao Delas.pt

Rotina: Acordar e deitar à mesma hora. Desta forma é mais fácil instituirmos horários fixos para as refeições e não permitir uma anarquia total com perda de refeições. Ir comendo aqui e ali não é solução. Nunca esquecer que somos animais de hábitos, há que mantê-los ao máximo mesmo em clausura.

Shot of cute little boy having fun with his young mother while eating spaghetti on kitchen at home.

Fazer as 5 a 7 refeições diárias. As 3 principais (pequeno almoço, almoço e jantar) e mais alguns lanches e se necessário a ceia.

Não comprar alimentos ricos em açúcares e gorduras. O tempo que passamos no supermercado é contabilizado e há que ser rentabilizado da melhor forma. Ter uma lista de compras já preparadas onde devemos incluir os frescos (frutas e produtos hortícolas), a carne e o pescado, ovos (uma proteína tão completa, barata e fácil de armazenar), lácteos, pão ou farinha para o podermos fazer em casa, as oleaginosas – frutos secos – e claro as leguminosas. Quer dar um mimo ao mais novos? Faça um bolo ou umas panquecas caseiras. Alias inclui-los neste processo é uma excelente forma de os entreter.

Ter sempre uma sopa no frigorifico. Começar as refeições sempre com uma sopa onde pode incluir as leguminosas, tornando-a mais rica e nutritiva. Compre os frescos e lave-os cuidadosamente. Corte em pequenos pedaços e congele. Pode até fazer sacos já individualizados com porções prontas a preparar.

Nunca esquecer a água. Se já é difícil para algumas pessoas beberem água quando têm um dia a dia ativo, agora então torna-se mais complicado. Encha todos os dias uma garrafa de pelo menos um litro de água e assuma o compromisso de a beber. Com as sopas e outros líquidos que vamos bebendo ao longo do dia, ficamos com a hidratação certa, que também é importante para manter o organismo equilibrado.

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