Portugal precisa de mais psicólogos e governo promete que está comprometido

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[Fotografia: Pexels/Alex Green]

O ministro da Saúde admitiu esta segunda-feira, 20 de fevereiro, que Portugal precisa de mais psicólogos para abordar os problemas de saúde mental, mas frisou que o Governo está comprometido com esta necessidade, à qual alocou fundos do Plano Recuperação e Resiliência (PRR).

“É evidente para todos que perante uma maior consciência dos problemas da saúde mental precisamos de mais profissionais dessa área e os psicólogos estão na primeira linha dessa necessidade (…). Há um compromisso do Governo com financiamento garantido no PRR para alargamento das estruturas que tratam a saúde mental”, disse Manuel Pizarro.

No Porto, onde assinou com a Ordem dos Médicos um protocolo sobre missões humanitárias na Ucrânia, o ministro da Saúde foi convidado a comentar o estudo da Entidade Reguladora da Saúde (ERS) sobre a saúde mental conhecido no domingo.

O jornal Público noticiou que a ERS, através do estudo sobre acesso a serviços de saúde mental nos Cuidados de Saúde Primários, concluiu que o número de psicólogos nos Cuidados de Saúde Primários (CSP) está “muito aquém” do que foi definido como o rácio ideal para o país, numa resolução de 2021 da Assembleia da República.

Aquela resolução definia que deveria existir um psicólogo por cada cinco mil habitantes, ou seja, 20 por cada 100 mil, mas os dados compilados pela ERS, referentes a 2020, colocam a média nacional em 3,16 por cada 100 mil habitantes. “Este é um estudo sobre 2020 e de 2020 para 2023 passaram muitas coisas em matéria de contratação de psicólogos no SNS [Serviço Nacional de Saúde]. Foi finalmente concluído o concurso que tinha começado em 2018 e que permitiu a entrada de 40 novos psicólogos nos Centros de Saúde e no contexto da pandemia foi efetuado um número muito significativo de contratações”, disse Manuel Pizarro.

O governante destacou, ainda, a contratação de mil psicólogos para as escolas e falou da criação de 20 novas equipas de saúde mental comunitárias. “Dez delas já estão em funcionamento, cinco serão criadas este ano e cinco no próximo. Este trabalho vai melhorar paulatinamente a resposta nesta matéria”, concluiu.