O Ministério da Saúde (MS) adianta em comunicado que as crianças chegaram com 10 adultos, acompanhados por uma equipa do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), composta por um médico, um técnico assistente que fala ucraniano e um psicólogo.
“As crianças estão estáveis (vários casos já estão em remissão) e serão acolhidas em quatro unidades hospitalares do Serviço Nacional de Saúde“, refere, precisando que duas vão ser seguidas pelo Instituto Português de Oncologia (IPO) do Porto e uma no Centro Hospitalar Universitário de São João, também no Porto.
O Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra vai receber duas crianças e o Instituto Português de Oncologia de Lisboa uma.
As vagas necessárias para tratamento foram proporcionadas pela Administração Central do Sistema de Saúde, juntamente com os Centros de Referência de Doença Oncológica Pediátrica.
A transferência destas crianças e respetivos acompanhantes foi feita ao abrigo do Mecanismo Europeu de Proteção Civil, num processo conduzido pela Direção-Geral da Saúde e em articulação com o Alto Comissariado para as Migrações.
A Liga Portuguesa contra o Cancro, a Sociedade de Hematologia e Oncologia Pediátrica e a Associação Acreditar (que irá acolher estas 16 pessoas) estiveram desde o início a colaborar com o Ministério da Saúde.
“O Serviço Nacional de Saúde está, desde o primeiro momento, disponível para receber todos quantos precisem de cuidados médicos, tendo o Ministério da Saúde disponibilizado, para o efeito, 745 camas hospitalares para doentes emergentes, cujo tratamento não possa ser garantido na Ucrânia, incluindo 12 camas pediátricas de oncologia”, refere o MS.
Na quinta-feira, Portugal acolheu a primeira doente ucraniana adulta transferida ao abrigo do mecanismo europeu, Segundo a DGS, a refugiada ucraniana, com doença oncológica, foi transferida a pedido das autoridades de saúde moldavas para tratamento médico em Portugal, através do sistema CECIS, coordenado pelo Mecanismo Europeu de Proteção Civil.
A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já matou mais de dois mil civis, segundo dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real ser muito maior.
A ofensiva militar causou já a fuga de mais de 12 milhões de pessoas, das quais mais de 5,16 milhões para fora do país, de acordo com os mais recentes dados da ONU – a pior crise de refugiados na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Lusa