Portugal vai eleger a primeira Miss Plus Size

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[Fotografia: Istock]

São portuguesas, sonham ser misses e usam tamanhos plus size. O primeiro concurso de beleza para mulheres que usam tamanhos acima dos 44 vai decorrer no sábado, 15 de fevereiro, às 17.00 horas, no Centro Cultural de Moscavide, em Lisboa, e está a ser organizado pela recém-criada APSIZE – Associação Plus Size, fundada no ano passado.

“O objetivo da associação é promover e criar mais eventos em Portugal, ligar a indústria portuguesa e internacional na moda Plus Size, trazer nomes estrangeiros e levar os nossos lá fora, promover e ajudar também os empresários na área da indústria têxtil a encontrar os segmentos deste mercado”, justifica Mónica Oeiras.

A presidente da direção da APSIZE explica que a eleita estará, “ao longo de 2020, a ir a entrevistas, a associações, a escolas de moda para promover o que é a moda plus size e o que se pretende fazer”. Estão também previstas iniciativas ao nível europeu, mas a responsável não as adianta para já ao Delas.pt por não estarem completamente fechadas.

“Não estamos para nos esconder, estamos para nos mostrar”

Estão já apuradas as 14 candidatas – oriundas de Lisboa, Porto, Évora, Algarve, centro do País – que irão ser entrevistadas e desfilar em três ocasiões: “roupa casual, fato de banho ou biquini e outfits de cerimónia”. O júri será composto por Beatriz Mões, participante e finalista da 1ª edição do reality show da SIC, Quem Quer Casar Com o Agricultor, por Florbela Santos, stylist de programas de televisão, pela designer de moda plus size Andreia Nunes e por Timóteo Santos, cantor e compositor e um defensor deste desígnio.

Numa altura em que os concursos de beleza têm removido as provas de moda de praia por uma questão de género – tal como sucedeu nos Estados Unidos da América como concurso Miss USA e Miss Teen USA -, Mónica Oeiras revela a razão porque, neste certame, a prova deve mesmo ter lugar. “Para nós é aceitável haver desfile de fato de banho e biquini ainda mais na moda plus size. Precisamos de passar a mensagem de que não estamos para nos esconder, estamos para nos mostrar.”

“Estamos a falar de corpos, se vestirmos um fato de banho ou biquini é muito mais visível qual é o formato do corpo da modelo. Depois, há aqui mesmo uma questão de perceber a confiança da manequim nela própria, da autoestima dela”, acrescenta a presidente da associação. Mónica Oeiras trabalha nesta área da moda há cerca de cinco anos como modelo Plus Size e criou a primeira agência para modelos grandes, a Curvy Models.

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