Portuguesa Ana Pessoa é uma das 28 mulheres que vai repensar o futuro da Europa

shutterstock_92325316
Fotografia: Shutterstock

A autora Ana Pessoa foi a portuguesa selecionada para integrar um grupo de 28 mulheres escritoras, artistas e cientistas, de todos os Estados-membros da União Europeia, para participar num novo projeto global de repensar o futuro da Europa.

Ana Pessoa [DR]}
O anúncio foi feito pelo Hay Festival, um festival literário anual, que decorre na cidade de Hay-on-Wye, no País de Gales (Reino Unido), e que este ano teve lugar entre os dias 23 de maio e 02 de junho.

Este grupo de 28 mulheres vai contribuir para a releitura do futuro da Europa através dos seus contos e ensaios, que serão partilhados numa nova antologia – “Europa28: Visões para o Futuro” (“Europa28: Visions for the Future” no original em inglês) -, no Hay Festival Europa28, a ter lugar em Rijeka (Croácia), Capital Europeia da Cultura 2020, mas também em outros eventos à volta do mundo.

Estas 28 mulheres, uma de cada país europeu, representam um “instantâneo multidisciplinar” das melhores mentes do nosso tempo, incluindo a escritora francesa Leïla Slimani, a empresária inglesa Hilary Cottam, a ativista dinamarquesa Janne Teller, a antropóloga holandesa Gloria Wekker e a atriz irlandesa Lisa Dwan.

Além destas, integram a lista a poeta croata Asja Bakic, a escritora húngara Zsófia Ban, a autora belga Annelies Beck, a jornalista cientifica italiana Silvia Bencivelli, a advogada e ensaísta alemã Yvonne Hofstetter, a ensaísta letã Nora Ikstena, a poeta estónia Maarja Kangro, a poeta búlgara Kapka Kassabova, a ativista grega Sofia Kouvelaki, a artista luxemburguesa Carine Krecke, a jornalista maltesa Caroline Muscat, a escritora cipriota Nora Nadjarian, e a autora romena Ioana Nicolaie.

Completam a lista a realizadora e argumentista polcada Bronka Nowicka, a realizadora e atriz eslovaca Tereza Nvotova, a autora espanhola Edurne Portela, a pintora austríaca Julya Rabinowich, a escritora sueca Karolina Ramqvist, a realizadora checa Apolena Rychlikova, a filósofa e socióloga eslovena Renata Salecl, a dramaturga finlandesa Saara Turunen, e a empresária e economista lituana Zydrune Vitaite.

Em março de 2020, a antologia “Europa28: Visions for the Future”, editada por Sophie Hughes e Sarah Cleave, será publicada pela Comma Press, no Reino Unido, e pela Fraktura, na Croácia, apresentando contos e ensaios daquelas escritoras, cujo tema é o que a Europa significa para cada uma delas.

A escritora e tradutora Ana Pessoa, nascida em Lisboa, em 1982, começou a escrever histórias aos 10 anos e acabou por estudar Línguas e Literaturas Modernas (Estudos Portugueses e Alemães) na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa.

Saiu de Portugal com 22 anos para fazer um estágio de seis meses na Alemanha e nunca mais voltou. Vive em Bruxelas desde 2007, onde trabalha como tradutora.

Como autora, tem contos publicados em várias coletâneas e textos premiados em Portugal (incluindo Jovens Criadores’10, Aveiro Jovem Criador 2010 e Jovens Criadores’12).

Ana Pessoa foi também distinguida internacionalmente, nomeadamente no Concurso Internacional de Contos Um mar de palavras 2010, em Espanha, e no Concurso Internacional de Teatro Castello di Duino 2011, em Itália.

O seu primeiro livro, “O caderno vermelho da rapariga carateca”, venceu o Prémio Branquinho da Fonseca 2011, na modalidade Juvenil.

“Supergigante” foi a sua segunda obra, publicada em 2014, a que se seguiu, em 2016, a publicação de “Mary John”, todos eles ilustrados por Bernardo Carvalho e editados pela Planeta Tangerina. É ainda autora do livro ilustrado “Eu sou eu sei”.

Já este ano, publicou “Aqui é um bom lugar”, um diário gráfico feito com a ilustradora Joana Estrela, editado também pela Planeta Tangerina.

Ana Pessoa tem obra publicada no Brasil, na Colômbia e no México, e tem contos dispersos em coletâneas.