#Powerwoman: Portuguesa cria lençóis para evitar asfixia em recém-nascidos

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Fotografia: Shutterstock

Mónica Ferreira é mãe de dois filhos e agora é também a autora de uma inovação que pode ajudar muitas outras mães a dormirem menos preocupadas.

Licenciada em Bioquímica, a investigadora de 42 anos, natural de Braga, criou uma solução para ajudar a reduzir o risco de asfixia nos recém-nascido durante o sono: o ‘SafetyBabyBed’.

O projeto, desenvolvido com o apoio da Universidade do Minho, consiste num sistema têxtil que impede os bebés de deslizarem na cama ou de puxarem os lençóis para cima da cabeça. A invenção foi pensada para prevenir casos de morte súbita que acontecem por esse motivo. “20% das crianças vítimas de morte súbita são encontradas com a cabeça coberta por roupa de cama”, afirmou Mónica Ferreira, em declarações à Lusa.

A investigadora explica que “os lactentes, nos primeiros meses de vida, não têm ainda bem desenvolvida a perceção da obstrução e os reflexos de defesa”, por isso este modelo de lençóis inclui um sistema de retenção e de segurança e ajustável ao crescimento, podendo ir dos 0 aos 4 anos, e amovível a qualquer momento. Além disso, integra também um fecho adaptado que impede o bebé de se destapar durante a noite, mantendo o corpo com a temperatura ideal.

O objetivo é “proporcionar aos bebés e aos pais um sono mais tranquilo, diminuindo drasticamente o risco de abafamento”, sublinha Mónica Ferreira.

A ideia de criar este sistema surgiu da experiência pessoal da investigadora, depois de”ter sido alertada pelos profissionais de saúde sobre o risco de sufocamento de bebés provocado pela roupa de cama e por ter conhecimento de situações de susto ocorridos com pessoas próximas”, conta à Lusa, a Universidade do Minho, parceira do projeto.

O “SafetyBabyBed”, adianta a academia minhota, está em fase final de patenteamento, tendo sido já premido com o 1.º Prémio do programa “Novas Empresas Tecnológicas Têxteis”. Conta com o apoio da TecMinho (interface universidade-empresa da Universidade do Minho), do Serviço de Pediatria e Neonatologia do Hospital de Guimarães e do CITEVE – Centro Tecnológico das Indústrias Têxtil e do Vestuário de Portugal.

AT com Lusa

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