Praticantes desta modalidade são menos neuróticos, diz estudo

Pode fazê-lo a sós ou acompanhada, em casa, na rua ou num espaço indicado, mas uma coisa é certa: pode ter lugar a qualquer hora. Há uma atividade física que anuncia menores níveis de neurose junto de quem a pratica e é acessível a todas as bolsas, mesmo todas. Falamos da dança, que pode procurar cumprir sem ter de ir para academias ou escolas, uma vez que pode fazer isso mesmo ao corpo, em casa.

O estudo examinou dados de 5.435 pessoas que vivem na Suécia e 574 na Alemanha e incluiu a consulta online de escolas para recolher detalhes sobre os praticantes. Para a investigação foram também procuradas informações sobre o envolvimento criativo e conquistas obtidas com a dança. Por fim, foram criados cinco grandes perfis de personalidade: abertura, consciência, extroversão, afabilidade e tendências para manifestações neuróticas (neuroticismo).

De acordo com os resultados publicados na revista Personality and Individual Differences, tanto os bailarinos profissionais como os praticantes amadores de dança revelaram baixos níveis de neuroticismo quando comparados com quem não é adepto da modalidade e demonstraram taxas mais altas de abertura e extroversão.

Mas haverá estilos de dança mais ou menos propícios? Nesta matéria, os resultados não terão sido tão claros, mas os investigadores, que pedem análises mais aprofundadas no futuro, avançam que quem dança swing é menos neurótico do que quem pratica ritmos mais latinos ou padrão.

“Em geral, tanto bailarinos como os cantores mostram um alto grau de extroversão – o que pode justificar-se pelo facto de ambas as disciplinas envolverem o dançar e cantar como expressão corporal. No entanto, a dança, por ser uma situação muito exposta socialmente do que por meio de um instrumento musical, por exemplo”, avança, citada em comunicado, Julia F. Christensen do Instituto Max Planck de Estética Empírica (MPIEA) em Frankfurt am Main, Alemanha e principal autora do estudo (que pode ser lido no original aqui).