Foi escrava do Estado Islâmico no Iraque, como mais de seis mil mulheres yazidis capturadas desde 2014. Nadia Murad conseguiu fugir e contar a sua história em livro, tendo passado por Portugal para contar a sua odisseia de horror. Outras três mil mulheres yazidis estão ainda nas mãos do Daesh.
A ativista desta minoria religiosa foi esta sexta-feira, 5 de outubro, distinguida com o Prémio Nobel da Paz, um galardão que partilha com o cirurgião congolês Denis Mukwege, célebre pela acção humanitária na República Popular do Congo.
Nadia tinha 21 anos quando, no verão de 2014, os combatentes do Estado Islâmico (EI) atacaram a sua aldeia, no Norte do Iraque. Após um cerco de duas semanas, o EI reuniu os habitantes de Kocho na escola primária. As mulheres foram separadas dos homens, levados em carrinhas e assassinados. Mulheres jovens foram vendidas como escravas.
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