Prémios Sophia distinguem carreira da atriz Lia Gama

Lia Gama GI Rui Manuel Fonseca
Atriz Lia Gama [Fotografia Rui Manuel Fonseca/Global Imagens]

Cinema, teatro e muita televisão. Aos 75 anos, Lia Gama é uma atriz incontornável do panorama das artes em Portugal e uma presença assídua nas noites dos portugueses, por via da sua participação regular em novelas quer na TVI, quer na SIC. Será, por isso, uma das homenageadas na 7ª edição dos Prémios Sophia, sendo-lhe atribuído o galardão Carreira de 2019, a par de Pedro Éfe.

Com um longo e variado percurso e com trabalho, sobretudo no cinema, desenvolvido com realizadores de renome como José Fonseca e Costa, Manoel de Oliveira, Fernando Lopes, João Botelho e, entre outros, António-Pedro Vasconcellos, a atriz, nascida no Fundão, vai subir ao palco do Casino Estoril, em Lisboa, a 24 de março, para receber uma dos mais de 20 categorias atribuídas pela Academia Portuguesa de Cinema.

O filme “Parque Mayer” lidera as nomeações aos prémios Sophia, com 15 indicações, incluindo nas categorias de Melhor Filme, Melhor Realizador e nas quatro de representação. Segue-se “Pedro e Inês”, com dez, e de “Cabaret Maxime”, “Soldado Milhões” e “Raiva”, com nove cada um. Os nomeados nas 23 categorias dos Prémios Sophia 2019 foram anunciados na quarta-feira, 27 de fevereiro, ao final da tarde, na Cinemateca Portuguesa, em Lisboa.

Na categoria de Melhor Filme, “Parque Mayer”, um filme de época sobre o teatro de revista e o Estado Novo, compete com “Cabaret Maxime”, um policial vagamente inspirado na história do Cabaret Maxime, “Raiva”, uma adaptação ao cinema do romance “Seara de Vento”, de Manuel da Fonseca, e “Soldado Milhões”, sobre o soldado português Aníbal Milhais, que combateu na Primeira Guerra Mundial.

“Parque Mayer” valeu a António-Pedro Vasconcelos, uma nomeação na categoria de Melhor Realizador, na qual compete com António Ferreira (“Pedro e Inês”), Bruno de Almeida (“Cabaret Maxime”) e Sérgio Tréfaut (“Raiva”).

A 11.ª longa-metragem de António-Pedro Vasconcelos faz o pleno nas categorias de representação com Daniela Melchior (Melhor Atriz Principal), Francisco Froes (Melhor Ator Principal), Alexandra Lencastre e Carla Maciel (Melhor Atriz Secundária) e Miguel Guilherme (Melhor Ator Secundário). Disputam ainda a categoria de Melhor Atriz Principal: Ana Padrão (“Cabaret Maxime”), Isabel Ruth (“Raiva”) e Joana de Verona (“Pedro e Inês”).

Na categoria de Melhor Ator Principal estão ainda nomeados Adriano Carvalho (“Vazante”, filme da realizadora brasileira Daniela Thomas), Diogo Amaral (“Pedro e Inês”) e Hugo Bentes (“Raiva”).

Pelo prémio de Melhor Atriz Secundária competem ainda Ana Bustorff (“Ruth”) e Beatriz Batarda (“Colo”) e, pelo de Melhor Ator Secundário, Adriano Luz (“Raiva”), Cristóvão Campos (“Pedro e Inês”) e Dmitry Bogomolov (“Carga”).

“Correspondências”, de Rita Azevedo Gomes, “Doutores Palhaços”, de Hélder Faria e Bernardo Lopes, “Luz Obscura”, de Susana Sousa Dias, e “Labirinto da Saudade”, de Miguel Gonçalves Mendes, estão na corrida pelo prémio de Melhor Documentário em Longa-Metragem.

Pela primeira vez, a Academia Portuguesa de Cinema vai entregar o Prémio Técnico. O escolhido é o ‘re-recording mixer’ Nuno Fonseca. Um reconhecimento entregue “por unanimidade, reconhecendo-lhe génio e criatividade, na técnica que desenvolveu para aplicar conceitos de computação gráfica ao som através de software de áudio 3D“.

O Prémio de Melhor Cartaz foi atribuído ao designer Firdaus Mustapa, pelo cartaz do filme “Carga”, tendo sido ainda entregues prémios aos segundo e terceiro lugares, respetivamente para o cartaz de “O Labirinto da Saudade” (Ana Rita Contente) e “O Caderno Negro” (Catarina Sampaio).

CB com Lusa

Imagem de destaque: Global Imagens

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