O presidente em exercício conseguiu reeleição à primeira volta, Marcelo Rebelo de Sousa, com ainda mais 120 mil votos do que em 2016, num total de mais de dois milhões e meio de votos (60,72%).
Num novo mandato em que vincou que irá representar, “como sempre”, “todo o Portugal”. “Deixem-me dizer, de coração aberto, como me sinto profundamente honrado e agradecido por essa confiança em condições tão mais difíceis do que as de 2016”, declarou Marcelo Rebelo de Sousa, num discurso feito no átrio da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, onde foi aluno e professor.
O chefe de Estado, reeleito com o apoio formal de PSD e CDS-PP, manifestou “gratidão pessoal” aos portugueses, partidos e grupos de cidadão que o apoiaram, mas estendeu este agradecimento também aos que não votaram nele, considerando que “sabem que o Presidente é um só e só um e representa todo o Portugal”. Marcelo prometeu que será um “Presidente de todos e de cada um dos portugueses”, “respeitando o pluralismo e as diferenças, que nunca desiste da justiça social”. A confiança é tudo menos cheque em branco”, vincou, sublinhando que “os portugueses querem mais e melhor”.
No início da sua intervenção, Marcelo Rebelo de Sousa referiu os dados de novos casos de infeção, de internamentos e de doentes com covid-19 nos cuidados intensivos, acrescentando: “Para eles, assim como para os mortos não covid destes quase onze meses de provação, vai o meu, o nosso primeiro emocionado pensamento”. Um discurso no qual prometeu empenhar-se na promoção da revisão da lei eleitoral.
A militante socialista, mas candidata independente com o apoio do PAN e do Livre, Ana Gomes, obteve um segundo lugar (12,96%), com mais de meio milhão de votos, tornando-se na mulher mais votada em Portugal. Sempre disse que o objetivo era ir a uma segunda volta, mas não conseguiu. No discurso da noite, deixou bem claro que tinha cumprido um “objetivo patriótico” ao ir a eleições, evitando a progressão da ultradireita.
Em terceiro lugar, o deputado único e líder do Chega!, André Ventura, teve 11,09% de votos, ficando atrás do seu objetivo: ficar em segundo lugar. Garantiu que iria cumprir o que prometeu e por a sua liderança a votos dos militantes.
João Ferreira, candidato do PCP e de Os Verdes, ficou em quatro lugar com 4,32%, seguido de Marisa Matias, a eurodeputada bloquista, que obteve 3,95%.
Tiago Mayan Gonçalves, da Iniciativa Liberal, obteve 3,22%, duplicando os resultados que o partido tinha obtido nas últimas legislativas. Por fim, Vitorino Silva obteve perto de 3%, mas menos do que tinha conseguido em 2016.