Meio ano depois do presidente dos Estados Unidos da América Joe Biden ter reforçado verbas para colmatar as disparidades de género nos ensaios clínicos e de ter alocado 200 milhões de dólares (180 milhões de euros) para o novo Fundo para a Saúde da Mulher, para 2025, a primeira dama Jill Biden anuncia investimento de meio milhar de milhão de dólares (449 milhões de euros) anuais para estudos de doenças com especial incidência nas mulheres.
“O Departamento de Defesa já destinou meio milhar de milhão de dólares para a saúde das mulheres, para as mulheres no serviço, que depois transcende para todas as restantes”, declarou Jill Biden na reunião anual da Iniciativa Global Clinton. A primeira dama detalhou que a verba deverá ser aplicada em estudos nas áreas da “artrite, fadiga crónica e saúde cardiovascular”.
Segundo dados avançados pelo Departamento da Defesa norte-americana, “em comparação com os homens, as mulheres apresentam mais do dobro da taxa de doenças nas categorias de distúrbios hematológicos, geniturinários, endócrinos, nutricionais e relacionados à imunidade”.
Recorde-se que a investigação médica que compreende matérias que envolvem o sexo feminino e as necessidades específicas do género nem sempre foram contemplada nos ensaios . Aliás, só em 1993 é que o Congresso norte-americano aprovou uma lei que obrigava a participação feminina em ensaios clínicos patrocinados pelo executivo.
com AFP