Covid-19: Estas são as três fases da vacinação e os grupos prioritários

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Um milhão de vacinas até 10 de março. Estes são os objetivos do executivo em matéria de vacinação contra a covid-19, que terá lugar prioritariamente em 1200 postos públicos com incidência nos centros de saúde.

Lares e centros de dia farão a sua própria administração. As diretivas estão a ser dadas em direto esta quinta-feira, 3 de dezembro, por Francisco Ramos, coordenador do Plano de Vacinação. Entre os grupos prioritários estão, numa primeira fase e atingindo 950 mil indivíduos, pessoas com 50 ou mais anos com doenças cardíacas, coronárias, insuficiência renal e doenças respiratórias. A estas juntam-se as que estão em lares e internadas em serviços de cuidados continuados. O pessoal de saúde que acompanha os idosos, bem como os profissionais de saúde envolvidos nos cuidados de saúde respetivo são considerados prioritários

Já na segunda fase, estimando-se a vacinação e um milhão e 800 mil portugueses, estarão incluídas as pessoas com 65 e mais anos, sem patologias associadas e um segundo grupo dos 50 aos 64 anos com doenças definidas. O resto da população fica para uma terceira fase.

 

Será obviamente uma vacinação gratuita, facultativa e a realizar no Serviço Nacional de Saúde“, adiantou a ministra da Saúde, Marta Temido, esta quarta-feira, 2 de dezembro, sobre o plano de vacinação contra a covid-19 que será apresentado esta quinta-feira.

A governante falava aos jornalistas, em Lisboa, no final de uma reunião que contou com a participação do primeiro-ministro, António Costa, o coordenador da task-force criada pelo Governo para desenhar o plano de vacinação e os ministros de Estado e da Presidência, Mariana Vieira da Silva, da Administração Interna, Eduardo Cabrita, e da Defesa Nacional, João Gomes Cravinho.

Questionada sobre a hipótese de a vacina ser dada nos centros de saúde ou em grandes centros de vacinação menos descentralizados, Marta Temido disse apenas que seria através do SNS, apontando dois cenários possíveis.

“Um primeiro momento em que haverá um contexto de maior escassez no acesso a vacinas e, portanto, também à semelhança daquilo que outros países têm estado a planear será um cenário mais controlado, mas depois admitimos que ao longo do ano de 2021 passemos para um cenário de maior abrangência com mais doses disponíveis e também maior expansão dos pontos de administração”, explicou.

“Num cenário extremo de final de ano é equacionável que haja uma distribuição muito mais descentralizada do que num momento inicial”, realçando também que o processo de vacinação será longo e que os portugueses não se poderão “afastar das regras” a que se têm habituado em tempo de pandemia.

Apesar de admitir que as primeiras vacinas possam estar disponíveis nas primeiras semanas de 2021, caso a candidata da Pfizer/BioNTech seja já aprovada pela Agência Europeia do Medicamento (EMA) na reunião agendada para 29 de dezembro, a ministra ressalvou que essa disponibilização depende de vários fatores.

“Qualquer um dos países da União Europeia só terá vacinas se a indústria farmacêutica as disponibilizar, se a EMA lhes der um parecer favorável — porque acima de tudo estão questões de segurança, de efetividade e de qualidade — e de acordo com aquilo que seja a chegada que as próprias companhias farmacêuticas fazem acontecer a cada um dos países dos seus produtos”, descreveu.

Sobre o plano que será apresentado pelo primeiro-ministro, António Costa, a ministra da Saúde disse que será definido um ponto central de distribuição das vacinas para outros pontos secundários, mas algumas empresas farmacêuticas também se disponibilizaram para as fazer chegar aos pontos de vacinação.

Portugal contabiliza pelo menos 4.645 mortos associados à covid-19 em 303.846 casos confirmados de infeção, segundo o último boletim da Direção-Geral da Saúde.

CB com Lusa