Esta tinha sido uma questão já analisada pelo especialista português em famílias reais europeias José Bouza Serrano em entrevista o Delas.pt, mas agora a matéria ganha uma dimensão mais concreta e num dos territórios europeus mais avançados em matéria de LGBTI.
Os Países Baixos podem vir a alterar o Ato de Sucessão ao Trono e numa discussão que tem lugar em vésperas da princesa de Orange Catharina-Amália completar 18 anos, o que vai ter lugar a 7 de dezembro.
“O Governo acredita que um herdeiro ao trono pode casar-se com alguém do mesmo sexo”, afirmou o primeiro-ministro neerlandês. Mark Rutte acrescentou, em carta enviada ao Parlamento, que “o Governo não entende que um herdeiro do trono ou um monarca tenha que abdicar se se quiser casar-se e formar um casal da mesma pessoa sexo”.
Ao que tudo indica, segundo a BBC, a proposta está a gerar adesão nos vários quadrantes políticos, revertendo uma decisão que há 21 anos foi rejeitada politicamente.
À margem de qualquer assunção relativa a orientação ou identidade de género por parte da princesa Amália, que ainda não se manifestou sobre esta possibilidade, o governo quer debater esta matéria e as que lhes subjazem.
A sucessão, para Rutte, “depende muito das circunstâncias de cada caso individual”. Fica claro que, uma vez havendo esta circunstância na monarquia neerlandesa, o executivo estudaria o que fazer em concreto no momento. Neste momento, Amalia está a cumprir ano sabático após conclusão dos estudos. Em setembro de 2022, a primogénita do príncipe Guilherme e Máxima irá ingressar na faculdade.
