Professora acusa escola de discriminação de género após despedimento

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Lauren Miranda, uma professora de matemática de 25 anos, da escola secundária BellPort Middle School, em Long Island, Nova Iorque, foi despedida na semana passada depois de um aluno adolescente divulgar uma fotografia sua em topless. Indignada com a decisão da direção do estabelecimento de ensino, a docente quer processar a escola por discriminação de género.

Segundo John Ray, advogado da jovem professora, a selfie tinha sido tirada há dois anos e meio e enviada por Lauren Miranda para o namorado da altura. Antes de a demitir, a direção da escola chamou-a a uma sala cheia de professores do sexo masculino, exibiu a foto num dos ecrãs e perguntou-lhe: “É você?”

“Tentaram arduamente humilhá-la, repreendê-la e levá-la a demitir-se. Se fosse um homem em topless numa foto, ninguém dizia nada“, revelou John Ray, advogado de Miranda, ao site Buzz Feed News.

A polémica selfie

A professora pretende processar a escola e os seus administradores, exigindo que lhe paguem 3 milhões de dólares (cerca de 2 milhões e meio de euros) por discriminação de género.

“Não sei por que razão tirei a foto, mas quando olho para ela agora sinto que é tão pura. Sou eu no meu estado natural. Esta selfie começou como algo tão inocente e pessoal. Agora está embalada nesta emoção e trauma em que estou a tentar navegar”, explicou Lauren Miranda.

O Buzz Feed News tentou contactar Joseph Giani, diretor da escola, que se recusou a comentar o caso. Antes do incidente, a jovem docente era vista como uma profissional exemplar. Uma avaliação de desempenho dos professores, feita no ano passado, concluiu que Lauren Miranda era a professora que tinha recebido melhor pontuação em quase todas as categorias, incluindo o nível de respeito entre ela e os alunos.

“Não mandei isso para uma criança. É absolutamente ridículo. Os homens estão constantemente a sexualizar os nossos corpos. Culpam as mulheres por serem mulheres. A parte superior do meu torso não é mais ofensiva do que a de um homem”, acrescentou a professora de matemática.

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