PSP. Só 9% do efetivo é do sexo feminino e está nas categorias mais baixas

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[Fotografia: J.P. Coutinho/Arquivo]

Dos mais de 20 mil agentes da PSP, cerca de 9% são mulheres e a maioria está colocada nas categorias inferiores de agente e agente principal, anunciou a polícia.

Os dados foram avançados a propósito do Dia Internacional da Mulher, que se assinala este sábado, 8 de março, e da campanha “Sem Consentimento”, lançada pela Direção Nacional da PSP.

De acordo com os números divulgados, existem, neste momento, 1.869 mulheres na PSP, num universo de 20.900 polícias. A maioria está colocada nas carreiras inferiores – 1.002 exercem funções como agente principal e 488 como agente – e apenas sete estão na categoria de superintendente.

Olhando para os números, das mais de 1.800 mulheres que trabalham na PSP, 684 estão distribuídas pelas áreas da investigação criminal, segurança aeroportuária, trânsito, programas especiais de policiamento de proximidade e ainda na Unidade Especial de Polícia.

Durante a cerimónia que aconteceu hoje no edifício da sede da Direção Nacional da PSP (Lisboa), Virginia Cruz, diretora nacional adjunta da Unidade Orgânica de Logística e Finanças, referiu que a contratação de mulheres ao longo dos últimos anos para esta polícia representa uma “superação de estereótipos”.

“Estando a polícia associada à faculdade do uso coercivo do Estado, a existência de mulheres afasta este atributo”, considerou durante a sua intervenção.

Também a propósito do Dia Internacional da Mulher, o diretor nacional da PSP, Luís Carrilho, disse que “a presença feminina nas forças policiais tem sido um caminho de superação e conquista”. “Para a PSP, este não é apenas um dia de reconhecimento, mas também um compromisso contínuo com a igualdade de oportunidades”, acrescentou.

A PSP lançou uma campanha chamada “Sem Consentimento” para alertar para as consequências da adoção de comportamentos de risco como a partilha não consentida de conteúdos íntimos, assédio e adulteração de bebidas.

“É tempo de quebrar o preconceito e de desresponsabilizar as vítimas, que são livres de fazerem o que bem entenderem na sua vida privada, responsabilizando os autores deste tipo de atos”, referiu a PSP.

LUSA