Quando o melhor amigo da pele é inimigo da roupa

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Com a chegada do calor, esquecemos a televisão e o sofá (o interregno das séries também ajuda) e fazemos dos fins de semana uma montanha-russa de planos. Combinamos piqueniques no parque, dias na praia e festas ao pôr-do-sol. Até o ginásio pode passar a ser ao ar livre, já que o bom tempo convida a corridas pelos jardins ou na marginal.

O sol e as temperaturas altas rimam com bom humor, vestidos e biquínis novos, momentos para recordar até ao próximo verão. A vida parece mais leve e fácil, mas também pode ter os seus contratempos. Quando no fim de uma tarde perfeita na praia ou na esplanada, notamos manchas amarelas naquele top ou fato de banho de que tanto gostamos, o mundo parece acabar. Como continuar a desfrutar do verão sem as nossas peças preferidas? Afinal, de onde vêm estas manchas?

A resposta, infelizmente, não é a mais agradável: as manchas amarelas são provocadas por algo que não podemos evitar – o uso de protetor solar. Durante a estação mais quente, este produto é o nosso melhor amigo, evitando queimaduras e os problemas que daí derivam, além de potenciar a hidratação da pele. Porém, pode ser um desafio aplicar protetor sem que este entre em contacto com a roupa, especialmente para quem tem crianças pequenas – seja por abraçar os filhos ou mesmo durante a aplicação. Para mal dos nossos pecados (e das nossas t-shirts favoritas), o protetor pode deixar manchas amareladas na roupa ou no fato de banho, que ficam especialmente visíveis depois de serem lavadas.

Alguns filtros UV orgânicos, presentes nos protetores solares, têm uma cor amarela, devido ao seu espetro de absorção. São assim os filtros UV que causam manchas amarelas na roupa e que são difíceis de remover. De facto, alguns estudos indicam que a interação dos filtros UV com os iões metálicos da água da lavagem pode piorar as manchas.

As principais vítimas deste flagelo são as roupas feitas de fibra de celulose, como o algodão, linho ou viscose – os tecidos mais usados no verão. Estes são mais suscetíveis devido à estrutura química da fibra de celulose, que oferece melhores “pontos de ancoragem”, aos quais as manchas podem aderir. Nas roupas claras e mais usadas no tempo mais quente, como o branco ou o azul claro, as manchas tornam-se especialmente visíveis.

Seja em spray, loção ou aerossol, os protetores solares podem sempre danificar a roupa, pois os culpados são os filtros UV. Quanto mais elevado for o fator de proteção, maior será a concentração de filtros e mais forte será a mancha. Pelo bem das nossas peças favoritas, não seria fantástico que nos aparecesse um génio da lâmpada para nos conceder o desejo de um protetor solar que não manche a roupa?