
Estudo analisou exames cerebrais de quase 38 mil adultos – dos quais quase 20 mil mulheres e os restantes homens -, que integram o banco de dados britânico UK Biobank, e concluiu que ter mais filhos e criá-los leva a capacidades cognitivas mais desenvolvidas, sobretudo as que estão ligadas a movimentos e sensações.
Apesar de a parentalidade ser um permanente desafio, a verdade que aparenta trazer benefícios cerebrais. “As regiões que diminuem na conectividade funcional à medida que os indivíduos envelhecem são as regiões associadas ao aumento da conectividade quando os indivíduos têm filhos”, afirmou, em comunicado, o autor do estudo e professor associado de psiquiatria da Faculdade de Medicina Robert Wood Johnson da Universidade Rutgers, Avram Holmes.
Na análise que implicou a verificação da mutação cerebral de acordo com a idade, fica clara uma queda progressiva da conectividade. Ora, ao contrário da evolução regular, os investigadores concluíram, no estudo publicado no ProceedingsoftheNationalAcademyofSciences (e que pode ser lido no original aqui), que quantos mais filhos os indivíduos tinham, mais as ligações de conectividade pareciam mais evidentes. Esta correlação aponta, assim, para o facto de o exercício da paternidade – e não apenas o facto de se ser pai ou mãe – parece influenciar o envelhecimento cerebral.
Nesse sentido, ter mais filhos também resultou em mais ligações sociais, incluindo uma maior capacidade de confiar nos outros e visitas mais frequentes de amigos e familiares.