Nos últimos três anos estima-se que, em média, uma pessoa recebeu dois presentes dos quais não gostou e que a maioria fez um esforço para disfarçar, ser politicamente correta e empática. Segundo o estudo norte-americano que auscultou respostas de duas mil pessoas, quase três em cada dez (27)% agradeceram a intenção do presente, mais de um em cada cada cinco mentiu (23%), dizendo que “adorou”, e outro tanto disse “apreciar” o que lhe acabou de ser oferecido.
Se a tentativa de gratidão e empatia dominam as reações, a verdade é que há sempre traços e laivos que destapam uma certa desilusão. Segundo o inquérito levado a cabo pela Talker Research em nome da Scotch Brand, quase 1/4 (24%) reconhece que evitar o contacto visual é um dos sintomas de insatisfação. Segue-se o célebre ‘sorrisinho amarelo (20%, ou seja, um em cada cinco), a mudança do tom de voz (16%) ou falar excessivamente da utilidade do presente (igualmente 16%).
Mais de metade dos inquiridos (56%) crê que esconde com habilidade a deceção e 57% acredita que domina essa arte do disfarce. Mas será mesmo eficaz? Talvez não uma vez que 53% dos inquiridos dizem conseguir identificar no momento o facto de o outro não gostar do presente que recebeu.
Mas, afinal, o que as pessoas mais valorizam num presente? Cuidado na escolha tendo em conta o destinatário (42%), inclusão de detalhes de quem oferece (16%) e a presença de um valor sentimental (15%). O valor da prenda recebida só foi destacado por, curiosamente, 5% dos inquiridos.