Quase 41 mil pedem para remover videoclipe onde Evan Rachel Wood diz ter sido “violada” por Marylin Manson

evan rachel Wood
[Fotografia: DR]

A petição foi posta em marcha por Victoria Ambrose, que se apresenta como ativista defensora das vítimas de violência doméstica, e tem por base as revelações de violência e abuso feitas por Evan Rachel Wood, hoje com 34 anos, contra Marilyn Manson. O movimento – que, a 20 de março, juntou as plataformas Tidal, Apple Music e Spotify ao YouTube – já soma quase 41 mil subscritores em três dias.

De acordo com Evan Rachel Wood, Marilyn Manson violou a atriz por penetração durante as filmagens [do videoclipe Heart-Shaped Glasses] que não foram planeadas e enquanto ela estava sob a influência de substâncias, e tal é mostrado no vídeo”, começa por referir a petição que pode ser consultada e subscrita aqui, em Change.org.

A petição cita o documentário Phoenix Rising, que está disponível em Portugal na HBO Max desde a semana passada e relata a par e passo o início da relação de Evan e Brian Warner (Marilyn Manson), a violência, a tortura, os testemunhos de outras mulheres que se envolveram com o cantor e o difícil processo traumático, de fuga, de pedido de justiça e de tentativa de superação.

Em Heart Shaped Glasses, Evan Rachel Wood vincou, no documentário, que “não consentiu, que foi drogada, bebeu absinto e que o cantor a penetrou”, lê-se na petição. Por isso, os subscritores pedem que o vídeo seja removido por violar as próprias regras e políticas da comunidade evocadas pela plataforma YouTube.

A manutenção deste vídeoclipe online não deveria ser permitida: “Evan já se revitimizou repetidamente para criar mudanças e um estatuto de limitações no âmbito da violência doméstica, no estado da Califórnia, e não merece a confrontação com a sua constante agressão sexual na internet.”

Até ao momento, o YouTube referiu apenas, e quando a petição somava sete mil subscritores, que estava a “acompanhar de perto a situação” e que se se concluir que o vídeo “viola as diretrizes da responsabilidade dos criadores”, então tomará as devidas medidas.

Recorde-se que Wood começou a namorar Manson – cujo nome verdadeiro é Brian Warner – em 2006, quando ela tinha 18 anos e ele 37.

Em Phoenix Rising, o documentário revela detalhes e histórias pessoais das relações abusivas com o cantor e os esforços de Wood e outras sobreviventes de agressão sexual para permitir que as mulheres tenham mais tempo para procurar a justiça após um abuso, alargando o período para apresentar queixa do crime. Conhecido como Phoenix Act, Evan Rachel Wood e a organização de vítimas sobreviventes a abusos pretende alargar de dois e quatro anos a dez anos a possibilidade de apresentar queixa sempre que haja prova indubitável de que o abuso ocorreu ou se há três ou mais pessoas a acusar um único agressor.

À margem desta batalha pela legislação, é já conhecida a confirmação, em 2021, de que a polícia de Los Angeles estava a investigar acusações de violência doméstica contra o cantor e que as investigações que seguem no FBI. Manson apresentou, no início de março, queixa contra Evan Rachel Wood e alega tratarem-se de “declarações falsas”. O cantor pediu um julgamento com júri para interromper as alegações e avaliar os danos incorridos pelo cantor.

CB