Quase 60% dos jovens já sofreram violência no namoro

Mais de metade dos jovens que namoram ou já namoraram já sofreram algum tipo de violência no namoro. A conclusão é do Estudo Nacional sobre a Violência no Namoro 2019, realizado pela UMAR, com o apoio da Secretária de Estado para a Cidadania e a Igualdade (SECI), e que mostra que 58% de jovens que namoram ou já namoraram reportam já ter sofrido pelo menos uma forma de violência por parte do atual ou ex-companheiro/a.

Os dados da investigação indicam também que 67% de jovens consideram como natural algum dos comportamentos de violência, revela a SECI em comunicado.

O estudo aponta para a “elevada prevalência e legitimação de formas específicas de violência como a violência psicológica, aquela exercida através das redes sociais ou as atitudes de controlo sobre vestuário, hábitos de convívio ou outros comportamentos do parceiro ou parceira”.

Para combater a violência no namoro, o governo, através da Secretaria de Estado para a Cidadania e a Igualdade, lança esta quinta-feira, 14 de fevereiro, data em que se celebra o Dia dos Namorados, uma nova campanha sob a hashtag #NamorarMemeASério. O objetivo é “identificar de forma concreta alguns dos comportamentos que são sinais claros de situações de violência, quer seja física, psicológica ou sexual”.

A esta campanha associaram-se várias figuras públicas e influencers, como Alice Trewinnard, Cátia Domingues, Diogo Faro, Carolina Torres, Maria Seixas Correia e Mariana Monteiro (veja as imagens da campanha na galeria, em cima).

#NamorarMemeASério é ainda lançada em conjunto com associações e federações académicas e várias ONG e entidades que trabalham e intervêm na área dos direitos humanos e das mulheres, entre as quais a Corações Com Coroa (CCC), a Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV), a Associação para o Planeamento da Família (APF), o Graal – Associação de Carácter Social e Cultural, o HeForShe Portugal, o Movimento Democrático de Mulheres (MDM), a Associação Plano I, a União das Mulheres Alternativa e Resposta (UMAR) e a Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género (CIG).

Importa recordar que este tipo de violência é crime público e que denunciar é uma responsabilidade coletiva (contacto: 800 202 148).