Quase 40% dos idosos portugueses com mais de 80 anos viviam sozinhos em 2021, segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), que demonstra que a maioria dos idosos sozinhos vive nas freguesias do interior do país.
O INE apresentou esta terça-feira, 17 de setembro, uma série de estudos sobre famílias em Portugal, com base nos Censos de 2021, e em que o estudo sobre as Famílias nas fases mais avançadas da vida: tendências atuais mostra “um ligeiro crescimento da proporção de indivíduos com 65 ou mais anos a residir em agregados unipessoais“.
Na análise por grupos etários, “37,8% da população com 80 ou mais anos, em 2021, vivia em agregados domésticos sem núcleos familiares”, apontou a investigadora Patrícia Coelho, da Faculdade de Economia da Universidade do Algarve.
De acordo com a docente, é neste grupo etário que “o número de idosos a viver em agregados unipessoais cresceu de forma muito mais acentuada entre 2011 e 2021”.
Os dados apresentados mostram que mais de 50% dos agregados domésticos privados unipessoais eram compostos por pessoas com 65 anos ou mais.
A maior expressão é em freguesias do interior (norte e centro) e na Região Autónoma da Madeira, por oposição às freguesias do litoral de Portugal Continental e da Região Autónoma dos Açores.
LUSA