Quatro passos para distinguir um charlatão de um terapeuta ‘a sério’

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Num mundo em que se multiplicam, cada vez mais, as medicinas alternativas, os coachings, os wellnesses, ‘gurus’ vários e todo um universo novo de palavras em inglês que definem especialistas, disciplinas e derivações emergentes, é cada vez mais imperativo distinguir o trigo do joio, saber junto de quem investir o seu dinheiro para garantir que a sua saúde sairá efetivamente a ganhar.

Mas nem sempre é fácil fazer a distinção entre quem efetivamente é especialista e pode ajudar nesta procura do bem-estar dos que apenas emergem sem qualquer formação e em áreas que arriscam não produzir qualquer efeito no corpo e na mente.

Portanto, excluindo a medicina convencional nas suas diversas especialidades – em que a formação é conhecida e reconhecida -, é tempo de evitar enganos e fazer escolhas mais conscientes e informada. É importante não esquecer que “o mercado da felicidade” tem interesses muito específicos e pode não fazer assim tão bem como se pensa, como denunciou o psicólogo espanhol Edgar Cabanas.

Veja abaixo como pode fazer esta distinção e não ser enganada por quem jamais a ajudará.

Ataque à medicina tradicional

Se um dos técnicos de medicina alternativa decide declarar guerra às soluções que foram indicadas por médicos cientificamente reconhecidos e a pedir que deixe de ser acompanhado por estes, então não há dúvida que se está perante um especialista a evitar a todo o custo. Na verdade, os serviços destes terapeutas não podem comprometer o que está já prescrito pela medicina convencional.

Recusa em mostrar credenciais

São muitas as associações que reúnem estes terapeutas. Não se fique apenas pela opinião e pela recomendação dos amigos – sendo este o processo geral por onde se começa – e pergunte sempre por filiação associativa. Em caso de dúvida, ligue para as entidades em causa e não tenha medo de fazer perguntas. Já agora, aborde sempre este tipo de iniciativas com o médico que a acompanha. Ter uma opinião avalizada só ajudará nestes casos.

Promessas de cura

A garantia de que a cura está iminente ou que só por estas vias alternativas é que se fará a salvação são indicadores de que se está perante um charlatão.“As práticas terapêuticas não convencionais são, na maioria das vezes, uma questão de crença ou ‘pensamento mágico’, de acreditar e não de saber, refere a presidente do Sindicato Nacional das Associações de Defesa da Família e do Indivíduo, Joséphine Cesbron, ao site francês Madame Figaro.

Relação que vai para lá do que é profissional

Muito cuidado. Se as exigências do terapeuta alternativo se apresentam assertivas e invasivas na vida pessoal, decidindo e exigindo decisões e cortes radicais em nome do paciente, então é tempo de abandonar este ‘especialista’. E muita atenção porque o nível de influência pode ir desde decisões de cortes familiares, a abusos e fraudes financeiras e até arriscar ir além e violar o direito ao consentimento que assiste a todos.