Canadianos fazem milhares de pastéis de nata em casa e a culpa é de um lusodescendente

Pasteis de nata
[Fotografia: Istock]

Exercício em casa, meditação, aulas de culinária, novos investimentos a fazer pão. Estas têm sido algumas das atividades que os portugueses têm cumprido nos seus dias de isolamento social. Os cidadãos nacionais e grande parte do mundo. Mas no Quebec, há uma outra atividade que está a envolver os cidadãos e a investir o tempo em altura de quarentena por Covid-19: fazer pastéis de nata em casa.

Tudo começou porque, em março, o diretor de saúde pública daquele território, o médico lusodescendente Horácio Arruda, de 59 anos, revelou, em conferência de imprensa, como iria ocupar o seu tempo em época de isolamento social.

O especialista revelou que se ia dedicar a fazer “tarteletes portuguesas”, conhecidas por pastéis de nata. “Em quarentena, é preciso fazer coisas que não temos normalmente tempo para fazer. Eu irei tentar fazer novas receitas de tarteletes portuguesas. Vai dar-me um enorme prazer porque nunca tenho tempo para as fazer”, sugeriu.

Imagem do diretor- geral da Saúde do Quebec, o lusodescendente Horácio Arruda na página de fãs [Fotografia: Facebook]
Imagem do diretor- geral da Saúde do Quebec, o lusodescendente Horácio Arruda na página de fãs [Fotografia: Facebook]
Não foi preciso muito para que os célebres pastéis de nata se tornassem moda nas casas dos canadianos. Aliás, o êxito foi tal que nas redes sociais começaram a surgir os pedidos de receita para o tradicional doce português.

Uma sugestão que acabou por levar à criação de uma página do Facebook – cuja imagem de abertura é composta por pastéis de nata – e que já soma quase com 60 mil pessoas.

E se inicialmente eram publicadas ali imagens das ’tartes portuguesas’ feitas em casa dos canadianos, hoje, a comunidade ‘Horácio, o nosso herói’ vai muito além da doçaria tradicional e evoca a popularidade que o diretor de Saúde Pública tem conquistado devido à forma como se explica e, como se lê na referida página, “por encontrar sempre uma piada, uma imagem ou uma anedota para se explicar”. Tudo isto, prossegue, “sem mencionar a sua linguagem corporal única, as roupas bem cortadas e os óculos combinados”.