‘Quel Amour!?’: 130 formas de ver o amor

‘Quel Amour!?’ (Que Amor!?) é o título da exposição que inaugura esta quarta-feira, 10 de outubro, no Museu Berardo, em Lisboa, e que lança o repto para a abordagem deste sentimento, nas suas mais variadas formas e manifestações.

Em cerca de 130 obras de diferentes artistas, nacionais e internacionais, são revelados sensações e desejos, sentimentos e emoções, que espelham as suas visões do amor. Ternura, erotismo, violência ou ciúme mostram-se através de fotografia, desenho, pintura, vídeo, performance, escultura.

O amor é tratado nas suas muitas facetas, por artistas homens e mulheres – numa exposição que procurou o equilíbrio de género -, e com a particularidade de algumas obras terem sido criadas por casais.

É o caso de Helena Almeida e do marido, o também artista Artur Rosa, que surge logo na primeira sala da exposição, representada por um vídeo de ambos, ligados por um fio, a caminhar, e com várias fotografias, como a série “Ouve-me”, de 1979.

“Quis fazer uma homenagem a Helena Almeida e ao seu trabalho com o marido”, observou, citado pela Lusa, o curador da exposição, Eric Corne, sobre a artista falecida no passado dia 25 de setembro, e cuja obra é considerada uma das mais importantes da História da Arte portuguesa do século XX.

Marina Abramovic e Ulay, Gérard Garouste e Élisabeth Garouste, Axel Pahlavi e Florence Obrecht são outros artistas que trabalham juntos e que têm obras nesta exposição dedicada ao amor.

“O amor pode ser belo, triste, religioso, fantasmagórico, ciumento, com ternura, ou erotismo, envolver violência ou desejo”, apontou o curador que escolheu obras de artistas dos vários continentes, desde a Europa, às Américas, a África e à Ásia, porque – disse – “as culturas também influenciam o amor”.

Entre outros nomes destacados da arte portuguesa estão Ernesto de Sousa, com “Olympia”, de 1979, e Paula Rego, com “The Rehersal”, de 1989 e “Amor”, de 1995.

“Era importante para mim alargar ao máximo o espetro de artistas e sensibilidades para as dar a conhecer ao público e também para as compreender”, explicou o curador.

A exposição aborda igualmente as formas de amor mais enigmáticas: o amor-próprio e o fascínio provocado no Homem pelo seu próprio reflexo.

As interrogações e exclamações sobre o amor atravessam toda a História da Arte universal, e inspiraram artistas de várias gerações como Marc Chagall, Daphné Chevallereau, Antoine d’Agata, John De Andrea, Jan De Maesschalck, Jeremy Deller & Cecilia Bengolea, Mattia Denisse, Marlene Dumas, Tracey Emin, Gérard Fromanger, Élisabeth Garouste, Gérard Garouste, Nan Goldin, Todd Hido, David Hockney, Alex Katz, William Kentridge, Mattia Denisse, Marlene Dumas, Tracey Emin, Gérard Fromanger, Élisabeth Garouste e Gérard Garouste.

A exposição ‘Quel Amour!?’ foi construída com duas entradas diferentes, assinaladas por duas obras emblemáticas – uma de Kiki Smith, outra de William Kentridge -, que vão determinar a escolha de percurso do visitante.

A mostra fica patente, no Museu Berardo, até 17 de fevereiro de 2019. Na galeria, em cima, pode ver algumas imagens das obras que fazem parte dela.

com Lusa

As icónicas fotografias de Norman Parkinson à vista de todos em Cascais