Se já foi picada por uma urtiga quando era criança, bem-vinda ao clube. Apostamos que o mais provável é querer distância desta planta que cria irritação e babas na pele. Mas e se lhe disséssemos que a urtiga ajuda nas alergias, anemia, exaustão ou fadiga?
Quem o afirma é Rachel London, a naturopata e autora do livro ‘Super Ervas’ (editado pela Nascente), que, em mais de 200 páginas, conta os benefícios de 20 ‘super ervas’, ou ervas adaptógenas (substâncias utilizadas na medicina alternativa) que prometem ajudá-la a combater ou atenuar sintomas como alergias, constipações, problemas de estômago e até a lidar com desilusões amorosas.
Ainda que o pólen da urtiga possa provocar alergia a alguns, a verdade é que até podíamos dizer algo como “alergia com alergia se paga“. Porque tal como esta planta pode criar alguns sintomas alérgicos, também tem poderes curativos ou calmantes sobre os mesmos.
De erva daninha a prato gourmet e nutritivo
Muitos chamam-na de erva daninha, em boa parte devido ao facto de, ao roçarmo-nos nas suas folhas, ficarmos com a sensação de ardor e queimadura. Ainda assim, a urtiga é “um superalimento nutritivo, curativo e desintoxicante, que cresce à nossa volta em terrenos baldios, parques e canteiros, estando ao nosso alcance para a utilizarmos facilmente para tratar e nutrir”, explica a especialista no seu livro.
Por isso, ela também pode ser um alimento acessível e gratuito, possível de ser confecionado de diferentes formas. (veja algumas opções na galeria, acima).
Rachel Landon diz-nos quais os principais benefícios da planta urtiga, alertando, no entanto, que se estiver a tomar medicamentos diuréticos ou medicação para hipertensão deve consultar um médico antes de ingerir esta planta diariamente.
Corpo, mente, beleza e espírito: a urtiga ajuda
A urtiga tem muitos atributos medicinais que são “o resultado dos seus nutrientes densos, incluindo quantidades significantes de cálcio, ferro, magnésio, crómio, potássio, zinco, selénio, sílica, manganésio, vitaminas A e C, vitaminas B e elevados níveis de proteína“. Nas dietas vegetarianas ou vegan, esta planta é uma ótima opção.
Esta planta é bastante benéfica para o tratamento do cansaço e da fadiga, explica Rachel, e também ajuda na ansiedade, depressão e stress. Por outro lado, ajuda e reforça o sistema reprodutivo. Também é muito bom para as grávidas, sendo, segundo o livro, uma “boa fonte biológica de nutrientes essenciais para a mãe e para o bebé” – mas deve ser sempre usada com supervisão médica.
Também no que respeita ao tópico da beleza e do espírito, a especialista garante benefícios para o tratamento de doenças crónicas da pele, como o eczema, pele oleosa e acne. Se ingerirmos frequentemente esta planta, veremos também que as nossas unhas e cabelo ficarão mais saudáveis, afirma a autora de ‘Super Ervas’.
Na galeria de imagens acima, reunimos cinco maneiras de utilizar sementes e folhas das urtigas. Mas, já sabe, consulte o seu médico ou nutricionista antes de as incluir na sua dieta.
Chás: Da ‘Poção do Amor’ a infusões para crianças agitadas e febris
