O candidato republicano às presidenciais nos Estados Unidos, Donald Trump, declarou vitória esta manhã de quarta-feira, 6 de novembro, num momento em que as projeções dos media norte-americanos o colocam a apenas três votos eleitorais de alcançar os 270 necessários para regressar à Casa Branca.
Trata-se de um potencial regresso à Casa Branca de um candidato que se tem sempre apresentado anti-direito ao aborto, tendo, no primeiro mandato, entre 2016 e 2020, criado condições para que os direitos reprodutivos das mulheres recuassem.
Aliás, há exatamente uma semana, a 30 de outubro, num comício no Wisconsin, o republicano afirmou que, uma vez de volta à Casa Branca, iria proteger as mulheres. “Eu disse: ‘Bem, eu vou fazer protegê-las, quer as mulheres gostem ou não”, declarou o candidato e sob quem pendem dezenas de alegações de má conduta sexual, assédio e agressão ao longo dos anos, incluindo uma nova acusação que chegou há duas semanas. Uma frase considerava ofensiva pela candidata democrata Kamala Harris
“É uma vitória política nunca antes vista no nosso país”, afirmou o magnata nova-iorquino esta madrugada a milhares dos seus apoiantes reunidos no Centro de Convenções de Palm Beach, no estado da Florida, depois de ter acompanhado a noite eleitoral no seu ‘resort’ em Mar-a-Lago.
Republicano agradeceu à mulher Melania Trump, que já apresentou como “primeira-dama” e autora do “livro com maiores vendas no país”. Obra autobiográfica na qual a antiga manequim se posiciona a favor do direito ao aborto, contrariando as posições republicanas e em particular do marido.