Quer resolver conflitos de casal? Espere pela melhor hora, recomenda Ordem dos Psicólogos

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[Fotografia: Pexels/Edward Eyer]

Boa vontade para negociar e resolver conflitos, e atitudes como a confiança e apoio mútuo, respeito e honestidade e outras relações com amigos e familiares são elementos chave de uma relação a dois construtiva e benéfica para as partes.

Porém, segundo a OPP, há outros traços que caracterizam as relações saudáveis. Entre eles, a comunicação entre os elementos da relação. Mas como podemos comunicar bem? A Ordem explica: “Nos momentos de comunicação é importante que diga claramente o que pensa e sente, o que quer e precisa. Não espere que o outro adivinhe ou faça leitura da mente.”

“Ouvir é palavra de destaque”

Os psicólogos aconselham também a “reservar tempo para falar e discutir outros temas para além dos filhos e das tarefas domésticas” e a ouvir o outro com atenção, estabelecendo contacto visual. “Durante a conversa devem olhar um para o outro e não para a televisão, o telemóvel ou o computador”, explica a entidade, em comunicado.

Os psicólogos destacam ainda que, numa relação saudável, os parceiros “aceitam as diferenças um do outro e não esperam que outro realize as suas expectativas e desejos”.

Será também fundamental manter a relação interessante, “cultivar interesses comuns e encontrar tempo para a intimidade”. Isto porque, defende a Ordem, numa relação saudável “há momentos de intimidade frequentes e os parceiros sentem prazer em passar tempo juntos”.

Mas o tempo a dois não é o único que deve ser cultivado: para os psicólogos, é essencial que cuide de si próprio.

Resolver conflitos

Na mesma nota, a OPP ressalva a importância de resolver os conflitos de uma forma construtiva, o que passa por escolher a altura certa, mas não só. “Às vezes é preferível acalmarem-se primeiro, procurar saber como o outro se sente, ouvir o seu ponto de vista e ceder em determinados pontos”, defendem os psicólogos, acrescentando que se deve “discutir um assunto de cada vez e não ir buscar conflitos antigos”.

Além disso, deve “mostrar humor, expressar afeto e concordar em discordar”, para pôr fim ao conflito de uma forma construtiva. E aquilo que não se deve fazer numa discussão? A OPP esclarece: “Criticar, mostrar desprezo, rolar os olhos, agir defensivamente, chamar nomes ou desligar da conversa.

Altos e baixos inevitáveis

Mas atenção: os psicólogos alertam que nenhuma relação romântica está livre de problemas.

“Os altos e baixos são inevitáveis e ultrapassá-los pode ser um desafio”, diz a OPP, defendendo que para o fazer é importante “não ignorar os problemas, mas enfrentá-los como uma equipa”.

A Ordem lembra ainda que não se deve esperar até que a relação mostre sinais de rutura para a tentar melhorar.

“Se está constantemente a discutir os mesmos assuntos sem chegar a uma conclusão ou se sente infeliz com a sua relação romântica, um psicólogo pode ajudar”, assegura.