Nesta quinta a uma hora de Lisboa pode beber vinho à beira da piscina

Cabras-anãs, coelhos e patos dão as boas-vindas na Quinta da Boa Esperança, um novo enoturismo que abriu oficialmente os seus portões a visitantes, apenas há um par de meses. Não é difícil lá chegar, mas é necessário um GPS ou um bom leitor de mapas, para descobrir estes 16 hectares de terra, na Zibreira, em Torres Vedras. Fica a cerca de uma hora de carro de Lisboa e, ainda menos, da Ericeira, de onde é natural o proprietário Artur Gama.

O que salta à vista é o edifício branco com grandes vidraças, logo à entrada, que acolhe não só uma sala para jantares ou reuniões, como a cozinha e algumas suites privadas, que ainda não estão disponíveis aos visitantes. Foram decoradas por Eva Moura Guedes, mulher de Artur, e no futuro irão funcionar como um pequeno turismo rural, de nicho.

Mesmo em frente, está a piscina, de estilo fundo infinito, que se deixa misturar com os montes verdes, a perder de vista. É ali que no verão serão feitas algumas das provas de vinho, como conta a enóloga residente Paula Fernandes, que está desde o início no projeto. Os preços começam nos 20 euros para uma prova de três vinhos da Quinta da Boa Esperança, para duas pessoas, mas a experiência inclui ainda uma visita à pequena adega, à qual se pode acrescentar outro momento divertido. «Damos a possibilidade de o cliente poder misturar algumas das castas já vinificadas, claro, para perceber qual o perfil de vinho que mais gosta», explica ainda a responsável pelo acompanhamento desta pequena produção vinícola.

A história da Quinta da Boa Esperança já vem de longe, mas Artur Gama cruzou-se no seu caminho, em 2014. Era já gestor de uma grande empresa de exportação internacional, mas tinha vontade de explorar o mundo dos vinhos. Com a mulher, Eva, encontrou este terreno, que na altura não estava a venda. «Pertencia a um senhor que produzia muito, mas vendia tudo a granel para outras empresas de vinho. Tivemos de o convencer para nos vender a quinta», conta Artur. O motivo? «Esta é uma região muito fresca, mas neste pedaço de terra, as vinhas apanham sol o dia inteiro, o que é muito importante, especialmente para a maturação das castas tintas», sublinha.

No ano seguinte, faziam a primeira vindima e, em 2016, vendiam a primeira elegante garrafa Quinta da Boa Esperança. Todos os vinhos são vinificados em separado, as uvas são apanhadas manualmente e a produção é integrada, seguindo boas práticas agrícolas e a mínima intervenção na vinha.

Neste momento, somam já distinções internacionais, tanto nos brancos (colheita e reserva), mas também no rosé, um dos mais populares entre amantes de vinho. Os vinhos tanto podem ser adquiridos durante uma visita à Quinta da Boa Esperança, como também na Garrafeira Nacional. Já em restaurante, tanto em Portugal, como lá fora, é provável encontrarem-se em espaços de cozinha de autor e restaurantes distinguidos com estrelas Michelin.

A quinta tem inclusive trabalhado com o sommelier britânico Tim McLaughlin, que traz frequentemente grupos de amantes de vinho internacionais e outros curiosos à Boa Esperança. Ninguém sai dali sem almoçar na elegante sala de convívio e refeições da propriedade, que conta inclusive com uma lareira e piano. Qualquer um pode reservar (previamente) uma refeição ali e estender assim ao máximo a experiência neste enoturismo português.

 

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