Madrid, em Espanha, está a preparar-se para ser palco da cimeira da NATO, mas não só. À margem dos trabalhos institucionais que começam esta terça-feira, 28 de junho, decorrem já outros encontros mais discretos e com olhos postos noutras realidades. Esta segunda-feira, 27, a rainha Letizia recebeu a primeira-dama norte-americana Jill Biden no palácio da Zarzuela, onde estiveram à conversa, e seguiram depois para a Associação Espanhola de Luta contra o Cancro.
Uma batalha que diz muito a ambas e por várias razões. Jill Biden tem evocado esta luta a partir das suas funções institucionais, mas tem também razões pessoais. Afinal, em apenas um ano viu quatro das suas amigas a serem diagnosticadas com cancro de mama, sendo que uma delas acabou por sucumbir. “Nada é mais importante na sua lista de afazeres do que uma mamografia”, afirmava em outubro de 2021 e no mês em que se assinalava a luta pela consciência e cancro de mama. “Reserve um momento para colocar a saúde em primeiro lugar”, pediu a professora de inglês de 70 anos que é mãe e avó, acrescentado: “Faça a mamografia. Pode salvar a vida”.
A causa tem sido igualmente cara à monarca espanhola, Aliás, em setembro do ano passado, Letizia esteve em Portugal para inaugurar o primeiro centro de investigação do cancro do pâncreas, o Centro do Cancro do Pâncreas Botton-Champalimaud, em Lisboa. Uma aliança entre Portugal e Espanha que já decorria da participação ativa de ambos no Plano Europeu de Luta contra o Cancro, definido em fevereiro de 2021.
