Vestido negro cai-cai e franzido e um manto cetim rosa avermelhado, uma maquilhagem e cabelo absolutamente irrepreensíveis. A rainha de Espanha divulgou esta terça-feira, 26 de novembro, um retrato oficial capturado a 7 de fevereiro deste ano, nas Salas Gasparini do Palácio Real de Madrid e pelo olhar da fotógrafa norte-americana mundialmente famosa Anne Leibovitz. Letizia e Felipe VI foram retratados a propósito do 20º aniversário de casamento, que ocorreu em maio, mas só agora foram reveladas as imagens, dispostas no Banco Central de Espanha, em Madrid. De acordo com o jornal espanhol El Confidencial, a sessão fotográfica terá custado 137 mil euros.
Ao contrário da imagem provocadora e de vanguarda que a norte-americana Kim Kardashian tem imprimido à Balenciaga – como no caso da MET Gala em 2021 na qual surgiu integralmente coberta de negro -, a monarca espanhola recorreu à mesma insígnia de alta costura do país mas em modo vintage. As peças que Letizia usou para a sessão fotográfica têm mais de 70 anos, integram a coleção da Fundação Antoni de Montpalau e fazem eco da história da casa de moda de luxo, que sempre viu os seus designs aplaudidos pela alta sociedade e aristocracia espanholas.
De acordo com os detalhes avançados pelo presidente da Fundação, Josep Casamartina, ao jornal espanhol El Mundo, o vestido foi encomendado em 1948 pela amiga e vizinha de Balenciaga, María Junyent, filha do artista Oleguer Junyet. A capa foi criada 14 anos depois, em 1962, para a aristocrata catalã María del Carmen Ferrer-Cajigal de Robert.
Recorde-se que os designs de Cristobal Balenciaga, que morreu há 52 anos, eram “uma escolha frequente da família real espanhola e membros da aristocracia”, detalha o Metropolitan Museum of Art. Várias das suas peças emblemáticas eram, aliás, inspiradas em roupas históricas. Entre os exemplos, destaque para o vestido ‘Infanta’, uma recriação do vestuário usado pelas princesas hispânicas nos quadros de Diego Velázquez, como por exemplo, na célebre pintura Las Meninas.