Raparigas estão a fumar mais

Aos 18 anos, 62% dos jovens já experimentou tabaco, e 43% consumiu-o nos últimos 30 dias. Esta é uma das conclusões que está a alarmar a Comissão de Trabalho de Tabagismo da Sociedade Portuguesa de Pneumologia (SPP). “Preocupam-nos, sobretudo, o aumento do consumo na população dos 15 aos 24 anos, muito em especial nas raparigas, que é onde ocorre o aumento maior”, referiram os coordenadores daquela entidade, José Pedro Boléo-Tomé e Paula Rosa. Na verdade, elas estão a fumar mais.

A pensar nesta realidade que está a aumentar, o dia Europeu do ex-Fumador, que se assinala esta quarta-feira, 26 de setembro, vai contar com uma campanha junto dos mais novos. O objetivo é simples: levá-los a deixar os cigarros. #EUNÃOFUMO é-lhes especialmente dirigida. Na galeria acima, veja e reveja os oito passos essenciais que a podem ajudar a libertar-se desta dependência.

11 razões para parar de fumar

A campanha, conta ainda a agência Lusa, com um vídeo sob a temática o tabagismo na adolescência, que foi enviado para as escolas e no qual o médico pneumologista Bruno Von Amann aborda de uma forma clara as principais questões relativas ao consumo de tabaco nas camadas mais jovens.

“Sérias preocupações” em torno do tabaco aquecido

Os médicos pneumologistas consideram ainda essencial dar atenção à questão emergente dos cigarros eletrónicos ou tabaco aquecido: “A experiência de outros países mostra que são produtos apelativos aos mais novos, que a experimentação tem aumentado significativamente e que funcionam como porta aberta para experimentar outros produtos, como o cigarro convencional ou outras drogas recreativas.”

A SPP, à semelhança da Entidade Reguladora da Saúde e da Organização Mundial de Saúde, não recomenda a utilização de nenhum destes produtos, e manifesta “sérias preocupações em relação à sua evolução futura”.

José Pedro Boléo-Tomé e Paula Rosa reconhecem “haver muito trabalho a fazer, quer a nível da prevenção primária, como é o caso dos jovens, quer no tratamento dos fumadores, que devem ter mais fácil acesso a apoio especializado, a fármacos comparticipados e a consultas de cessação tabágica.

Lista de espera para consultas chega a um ano

Com a procura de consultas para deixar de fumar a aumentar, as listas de espera, claro, só podem crescer. Segundo avança o Jornal de Notícias, citando dados da SPP, a demora em ser observado no apoio à cessação tabágica, em início de tratamento, já chega a um ano.

CB com Lusa

Imagem de destaque: Shutterstock

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