Raparigas ou rapazes, quem é mais feliz?

Raparigas ou rapazes, quem é mais feliz?
Raparigas ou rapazes, quem é mais feliz?

A fase da adolescência é intensa – não importa onde se viva –, mas os fatores sociais podem torná-la ainda mais difícil para as raparigas. É esta a mensagem que faz passar o relatório “crescendo com desigualdades”, da OMS, sobre as diferenças de género, com base no estudo de 200 mil adolescentes e pré-adolescentes.


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Para este estudo, os investigadores acompanharam rapazes e raparigas de 11, 13 e 15 anos em 44 países diferentes desde a Europa até à América do Norte (excluindo os EUA), entre setembro de 2013 e junho de 2014. Em geral, as raparigas relataram menor bem-estar do que os rapazes. Com 15 anos, as raparigas na Grã-Bretanha, França e Polónia são mais propensas a relatar problemas de saúde, o que lhes diminui o bem-estar e a satisfação em relação ao seu próprio corpo.

Os autores do estudo apontam que “o corpo dos rapazes mudou de acordo com o seu desejo, tornando-se mais musculado e forte. Já as raparigas perderam a aparência que desejavam ao ganharem gordura”. Por outro lado, os rapazes são mais propensos a lutas, a ficar feridos, a fumar e a beber álcool mais do que as raparigas, ainda que a diferença de géneros, no que toca ao tabaco e ao álcool, esteja a diminuir em muitos países.

O estudo deixa claro que ainda há muito a fazer para garantir que as raparigas adolescentes crescem saudáveis e felizes com índices idênticos aos rapazes, principalmente no que toca à imagem corporal, e recomenda programas de saúde mental dirigidos a estas jovens para “fortalecer a sua autoestima e para prevenir que elas desenvolvam uma imagem negativa sobre o seu corpo”.