Regras e limites para mostrar os filhos na televisão e na net

Fotografias de ecografias, crianças em fato de banho, meninos e meninas lambuzados, desdentados ou mesmo uma ou outra imagem do menor desfigurado de tanto chorar… Situações como estas sempre fizeram parte dos álbuns de família, com capacidade para promover ora o saudosismo, ora a comoção.

No entanto, há anos que imagens desta natureza convivem a par com outras de momentos bonitos, elogiosos e talentosos protagonizados por crianças e partilhados pelos pais no Facebook, no Instagram e outras e, por vezes, em blogues criados especialmente para o efeito e a partir dos quais se podem retirar, frequentemente, rendimentos económicos.

Numa altura em que a discussão em torno dos limites dos progenitores sobre o uso dos direitos à imagem, à privacidade e à intimidade dos filhos volta a estar ao rubrodevido ao programa da SIC SuperNanny (que acabou suspenso na sexta-feira, 26 de janeiro) -, é tempo de ouvir especialistas para perceber quais são, afinal, as fronteiras. Sobretudo quando se fala em blogues sobre família, muitos deles geradores de rendimentos.


Divórcio: Já há pais a definir regras para gestão da imagem dos filhos nas redes sociais


Um juiz, um médico, uma procuradora, progenitores com blogues sobre filhos, uma jurista e especialistas em direitos à privacidade na Internet respondem se há ou não mal partilhar retratos e episódios íntimos para o mundo inteiro conhecer. E deixam uma dica valiosa: até onde isso pode ser feito.

Longe de um consenso, na galeria acima encontrará regras até bastante distintas entre si trazidas ora pelo bom senso, ora pela justiça e até pela saúde. Há também limites deixados por quem faz – e já fez – da vida familiar uma forma de comunicar com o mundo, através de blogues.

Imagem de destaque: Shutterstock

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