Regras para esfoliar: combata o envelhecimento prematuro da pele

A esfoliação é, a par com a utilização do protetor solar (que deve ser feita o ano inteiro e não apenas nos meses de verão), uma das práticas fundamentais para combater o envelhecimento prematuro da pele. É também através deste processo que aceleramos a renovação celular e deixamos a pele mais preparada para receber os cremes hidratantes que aplicámos. Mas há regras a ter em conta nesta prática, e começam justamente por escolher qual o esfoliante mais adequado ao nosso tipo de pele.

No seu mais recente livro, “Cuidar da pele de dentro para fora: O poder da flora intestinal na saúde da sua pele”, editado em 2018, Whitney Bowe, Dermatologista e Investigadora, que partilha os créditos com Kristin Loberg, alerta para a importância da esfoliação. Segundo Bowe, os esfoliantes tornam a superfície exterior da pele mais macia, aceleram a renovação celular, ajudam a desvanecer as manchas castanhas, desentopem os poros e alisam as linhas finas da pele.

Começa por referir que existem dois componentes químicos ideais para a esfoliação, e que se encontram em alguns produtos de venda ao público ou em maior quantidade nos peelings químicos feitos nos consultórios de dermatologistas. São eles os ácidos alfa-hidróxidos (AHA), também chamados ácidos lácticos ou glicólicos, e os ácidos beta-hidróxidos (BHA).

Os AHA são solúveis em água e geralmente derivam de açúcares de legumes, frutas e leite. Segundo explica, estes componentes “são bons para peles que sejam secas, baças, envelhecidas, de tom irregular ou danificadas pelo sol”. Se a sua pele se enquadra em alguma destas especificidades, deverá procurar um esfoliante que contenha este tipo de ácidos na sua composição.

Por outro lado, os BHA são solúveis em óleo e derivam de fontes criadas pelo homem. Para a especialista, estes são ideais para limpar os poros entupidos, acalmar a vermelhidão e inflamação, e são “a opção ideal se tiver acne, pele oleosa, pontos negros, manchas ou borbulhas”.

Optar por um produto que contenha um dos dois componentes é essencial antes de começar a esfoliar a sua pele, no entanto tenha em conta que qualquer esfoliante pode deixar a pele mais sensível. Se esfoliar a pele com muita frequência, corre o risco de perturbar a barreira da pele e pode inclusive criar inflamações ou problemas dermatológicos.

Esfoliar a pele do rosto e do corpo deve fazer parte da nossa rotina, mas não de forma diária. Ainda no mesmo livro, a autora explica que algumas pessoas esfoliam a pele entre uma a duas vezes por semana, mas que cada um de nós deve encontrar o seu ponto de equilíbrio, de modo a não causar irritações. “O fundamental é que encontre aquele ponto especial em que o processo de esfoliação não desencadeie inflamação”, começa por explicar. “Está a ver-se livre de células mortas e a estimular o crescimento de novas células, para descobrir o seu brilho resplandecente e saudável. Mas está igualmente a aproximar-se de uma fronteira frágil entre polir a sua pele até esta ficar perfeita e tornar-se vulnerável à irritação”, alerta.

Percorra a galeria acima para conhecer as regras de esfoliação segundo Whitney Bowe, Dermatologista e Investigadora, e aproveite o fim de semana para cuidar de si.

[Imagem de destaque: iStock]

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