Regras para o Natal que nunca pensámos que teríamos de cumprir

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A pandemia veio alterar profundamente os procedimentos e as rotinas familiares enraizadas durante décadas na quadra natalícia. Com os encontros familiares reduzidos ao mínimo, a prioridade é proteger quem nos rodeia e a nós próprios de um possível contágio por covid-19.

Seja pelas recomendações recentes feitas pela autoridade de saúde, seja pelas regras que têm definido os encontros sociais nos últimos meses, a festa à mesa, na sala, à volta da árvore de Natal e da lareira têm agora, necessariamente, de mudar.

“Nesta época festiva, o convívio seja entre coabitantes ou núcleos familiares diferentes pode assumir um grande relevo na transmissão do vírus. Assim, os afetos devem ser transmitidos, mantendo-se a distância física. É uma doença que sofre flutuações, temos levado muitas semanas para inverter a tendência crescente e, portanto, temos uma responsabilidade acrescida de não retroceder no número de casos”, afirmou a diretora-geral de Saúde, Graça Freitas.

Veja abaixo as nove regras que deve ter de cumprir

Garantir o arejamento dos espaços e usar “agasalhos”

A responsável aconselhou as pessoas a “arejar as casas”. “Temos a ideia de que somos um país muito frio e que não devemos abrir as janelas. Mas devemos arejar as casas. Se for necessário, agasalhamo-nos melhor, mas temos de arejar as nossas casas”, recomendou Graça Freitas.

Cumprir as regras vigentes no concelho

Nem todos os concelhos do país estão sujeitos às mesmas regras devido às diversas taxas de contágio e de casos por covid-19. Por isso, o melhor mesmo é verificar bem quais as indicações em vigor na região onde está a passar a quadra natalícia

Pedir aos convidados para deixarem os sapatos à porta

É comum estarem casa de chinelos, mas nem sempre o mesmo se aplica às visitas, por muito reduzidas que sejam. Desta vez, pedir aos convivas que tirem os sapatos que trazem da rua à porta de casa pode não parecer de tão mau tom quanto se imaginaria.

Ter álcool gel à mão

Quer seja na entrada, quer seja na permanência durante a festa, a desinfeção constante deve ser uma preocupação sobretudo em detalhes comuns a todos, como, por exemplo, as maçanetas. Deve-se cumprir a desinfeção permanente de superfícies e evitar também a partilha de objetos. Aquele momento em que pedimos para ver melhor a prenda que alguém recebeu talvez seja um gesto natural a anular na noite de Natal.

Mesas maiores

A festa pode ser até mais pequena do que o comum, mas a mesa é capaz de ter de ser bem maior, por forma a que todos possam cumprir o distanciamento físico entre si.

Máscaras sobresselentes

Ainda que seja pedido que o tempo de convívio seja reduzido ao mínimo, o melhor é ter à mão algumas máscaras descartáveis que possa oferecer, se o tempo de proximidade se estender. Recorde-se que a proteção individual tem um prazo de eficácia estimado. Não o ultrapasse, sob pena de estar a fazer melhor do que pior.

Evitar cumprimentos tradicionais

Esqueça os beijos, os abraços ou um ‘obrigada’ mais próximo. Um gesto ligeiramente ao longe é agora a nova forma de acenar a alguém que nos é próximo.

Cozinhas a evitar

Cuidados com os espaços comuns, sobretudo os de trabalho como a cozinha por serem de convívio entre familiares. Mas isso não quer dizer que apenas uma pessoa seja responsável por todo o trabalho. Faça escalas, delegue, faça encomendas aos convidados para a ceia de Natal e divida tarefas

Cuidado com o álcool

O subdiretor-geral da Saúde, Rui Portugal, pediu cautelas no consumo de bebidas que promovam a afetividade. O exagero na ingestão de álcool pode levar a gesto de maior proximidade, violando-se assim o distanciamento social.