Rejeição de Bolsonaro pelo eleitorado feminino chega aos 49%

jair bolsonaro Reuters

O último Datafolha – instituto de pesquisa pertencente ao Grupo do jornal Folha de São Paulo – revela que a rejeição do eleitorado feminino brasileiro ao candidato do PSL Jair Bolsonaro chegou aos 49%.

O candidato da extrema-direita à presidência do Brasil foi submetido, esta quarta-feira, a uma nova intervenção cirúrgica, seis dias depois de ter sido apunhalado no abdómen, durante um ato de campanha em Minas Gerais. Bolsonaro continua a liderar a corrida às eleições presidenciais de outubro, tendo subido as intenções de voto depois do ataque de 22% para 24% das intenções de voto. Mas o eleitorado feminino parece apostado em mobilizar-se contra essa vitória – numa altura em que aquele que poderia ser o único candidato com possibilidade de destronar Bolsonaro, o ex-Presidente Luís Inácio Lula da Silva, pelo PT, anunciou a renúncia a uma nova candidatura.

A rejeição das mulheres ao candidato da extrema-direita é superior em seis pontos percentuais aos números gerais de rejeição dos eleitores, que subiu de 39% para 43%, e está também a tomar forma das redes com a criação de uma página no Facebook, intitulada “Mulheres unidas contra Bolsonaro”. Criada há cerca de duas semanas, reúne mais de 760 mil membros e o objetivo é chegar pelo menos a um milhão, e manifestar a insatisfação nas ruas do país.

O grupo é “destinado à união das mulheres de todo o Brasil (e as que moram fora do Brasil) contra o avanço e fortalecimento do machismo, misoginia e outros tipos de preconceitos representados pelo candidato Jair Bolsonaro e seus eleitores. Acreditamos que este cenário que em princípio nos atormenta pelas ameaças as nossas conquistas e direitos é uma grande oportunidade para nos reconhecer como mulheres. Esta é uma grande oportunidade de união!”, refere a apresentação da página.

As eleições presidenciais do Brasil realizam-se em outubro, estando a primeira volta marcada para o dia 07 e a segunda volta no dia 28.

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