Relações de uma noite sem arrependimento? Sim, se a iniciativa for delas

 

Diferentes estudos mostraram, no passado, que as mulheres arrependiam-se mais das relações sexuais casuais do que os homens, mas uma nova investigação revela que as mulheres se arrependem-se menos de ter tido relações sexuais casuais quando a iniciativa parte delas.

O estudo, conduzido pela Universidade Norueguesa de Ciência e Tecnologia e da Universidade do Texas (EUA) e citado pela BBC, entrevistou estudantes universitárias das duas instituições, com idades inferiores a 30 anos: 547 norueguesas e 216 americanas.

A investigação concluiu que as jovens entrevistadas, todas heterossexuais, revelavam “duas qualidades distintas” quando eram responsáveis por iniciar a relação, afirma o Professor David Buss, da Universidade do Texas.

“Primeiro, provavelmente terão uma sexualidade mais saudável do ponto de vista psicológico, estando totalmente confortáveis com a sua própria sexualidade. Segundo, as mulheres que toma a iniciativa maximizam a sua escolha sobre a pessoa com quem querem ter sexo”, aponta o professor.

David Buss explica que por essa razão “elas têm menos razões para sentir arrependimentos, uma vez que fizeram a sua própria escolha”.

Os resultados são “outro lembrete importante da importância de as mulheres terem a capacidade de tomar decisões autónomas em relação ao seu comportamento sexual”, salienta Joy P. Wyckoff da Universidade doTexas.

Os resultados sugerem assim uma rejeição do fator género no sentimento acerca das relações casuais, pondo a tónica na pessoa que toma a iniciativa. Mas há uma questão diferenciadora entre mulheres e homens e que afeta mais o sexo feminino que o masculino em matéria de arrependimento: a performance sexual.

De acordo com a investigação, as mulheres sentem menos remorsos se “o parceiro sexual for experiente e elas se tiverem ficado sexualmente satisfeitas.”

As mulheres arrependem-se menos se o sexo tiver sido bom. Para os homens, isso também tem um papel menos importante. As causas de base são biológicas”, afirma Mons Bendixen, professora no Departamento de Psicologia da universidade norueguesa.

A investigação conclui que as maiores razões para o arrependimento sentido, tanto por mulheres e homens em encontros sexuais fortuitos, tinham a ver com sentimentos de “nojo” e “repulsa”, a nível moral, mas também físico.

O estudo aponta ainda que apesar de as estudantes norueguesas terem mais relações casuais que as americanas, as diferenças em relação aos fatores de arrependimento são mínimas.

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