Vêm aí mais 11 mil e 500 camas para universitários

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[Fotografia: Shutterstock]

São 11 mil e 500 as novas camas previstas para residências de estudantes para o Ensino Superior, sendo que 60% delas deverão situar-se na área metropolitana de Lisboa. Este aumento de 80%, definido para mais de 260 imóveis, pretende dar resposta aos alunos deslocados, que são cerca de metade (mais concretamente 42%) da população que frequenta as universidades.

Entre os edifícios elencados pela tutela constam um quartel, um palácio, um convento, pousadas da juventude, uma escola e até as instalações do Ministério da Educação da Av. 5 de Outubro, na capital, vão passar a ser residências universitárias. A medida consta de um diploma do Governo publicado esta terça-feira, 26 de fevereiro, em Diário da República e que entra em vigor na quarta.

O decreto-lei publicado prevê três modalidades de criação de alojamento, uma delas a reabilitação de imóveis através de afetação ao Fundo Nacional de Reabilitação do Edificado (FNRE). E numa primeira fase foram já identificadas dezenas de imóveis em 18 concelhos, que vão disponibilizar após as obras mais quase quatro mil camas.

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A lei diz, no entanto, que “uma parte minoritária” dos imóveis pode ser afetada para outros fins, “para assegurar a viabilidade financeira do investimento do FNRE”.

Entre vivendas e apartamentos e m Bragança, prédios em Mirandela ou Portalegre, da lista de imóveis a integrar no FNRE, e por conseguinte transformados em alojamentos para estudantes, estão o Quartel da Trafaria, em Almada, a antiga Escola Secundária D. Luís de Castro em Braga, a antiga Casa dos Jesuítas em Coimbra, o ex-palácio da família Guerreiro, em Faro, ou a antiga Escola Superior de Saúde da Universidade do Algarve, também em Faro.

Pousadas desativadas podem ganhar nova vida com universitários

À lista juntam-se ainda as pousadas da juventude da Guarda, Leiria, Portalegre e Vila Real, o antigo edifício do Instituto de Meteorologia, em Lisboa, o convento de Santo Estêvão, em Leiria, e até as cavalariças do Palácio das Laranjeiras, em Lisboa.

Também para uma primeira fase do plano de intervenção (não integrada no FNRE) foram identificados outros imóveis para execução, desde imóveis a construir em Aveiro ou em Lisboa, passando pelo antigo edifício da Câmara na Batalha, pelo Mosteiro de Santa Maria do Mar em Carcavelos, pelo antigo edifício da Caixa de Crédito Agrícola de Idanha-a-Nova, ou pelo edifício 2 do Observatório Astronómico da Ajuda.

De uma longa lista que surge em anexo ao decreto-lei fazem parte outros edifícios, do Convento de Santos-o-Novo ao Palácio dos Marqueses de Minas, em Lisboa, de um mosteiro em Odivelas à Fábrica da Pólvora de Barcarena.

O plano de intervenção, segundo o documento do Governo, compreende a requalificação de residências, a criação de novas, a disponibilização de alojamento temporário quando necessário e a monitorização regular da capacidade instalada.

Criam-se alojamentos para estudantes através da reabilitação pelo FNRE, através da promoção pelas universidades ou através de uso de alojamento de outras entidades.

Segundo a lei, as universidades podem reabilitar, ampliar, construir ou reconstruir edifícios para servir de alojamentos para estudantes, podendo-o fazer em colaboração com outras entidades, publicas ou privadas.

Recorde-se que, atualmente, um aluno deslocado bolseiro a morar numa residência de estudantes paga 75, 06 euros, a mensalidade máxima prevista na lei e que representa 17,5% do Indexante de Apoios Sociais (IAS). Os que não auferem apoio social pagam valores variáveis.

CB e Lusa

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