Revolve: Como uma pequena start up ganhou o jackpot no Instagram

De modesta start up de e-commerce ao triunfo da marca que colonizou os feeds de Instagram, um verdadeiro colosso que se prepara para faturar mil milhões de dólares em 2018. É natural que os nomes Michael Mente e Mike Karanikolas lhe digam pouco ou nada, mas se lhe falarmos da plataforma norte-americana Revolve talvez o caso mude de figura.

As disputadas peças que a dupla norte-americana escoa são usadas e partilhadas por estrelas bem mais mediáticas, casos da blogger Julie Sariñana, com os seus cinco milhões de seguidores, de Rocky Barnes ou Chiara Ferragni, só para citar três dos variadíssimos nomes que povoam o universo #RevolveAroundtheWorld. Foi em 2003, depois de uma experiência falhada com uma outra start up que este par de Mikes, dois data scientists com mais gosto pessoal por moda que experiência na indústria, lançou a fórmula de sucesso, com base num investimento de 50 mil dólares: confiar o poder nas mãos das fashionistas pelo mundo fora antes mesmo do conceito de influenciadoras se tornar ubíquo. A tendência estava lançada.

Uma dupla de Mikes. Ou Mike e Michael, os californianos que apostaram tudo no e-commerce no começo do novo milénio. À primeira correu mal, depois chegou a Revolve, para tomar as redes sociais de assalto

“Estas pessoas são literalmente nossas clientes, fazem compras no nosso site, e entretanto divulgam-nos, ajudam a construir uma audiência e as suas perspetivas foram completamente integradas no nosso mundo. Aconteceu tudo de uma forma muito natural”, descreve Mente ao Fashionista.com.

A influencer Negin Mirsalehi tem mais de cinco milhões de seguidores e a revista Forbes listou-a entre os 30 mais poderosos com menos de 30 anos. É um dos rostos da constelação Revolve

Um mundo que promove viagens de sonho em destinos paradisíacos, entregas de prémios e muitas festas à boleia dos mais badalados eventos do calendário, como o concorrido festival Coachella, e que remonta ao começo do milénio, quando o acesso facilitado ao produto, uma das bandeiras da Revolve, era ainda bastante limitado, como os fundadores recordavam em 2016 num artigo da Forbes, sobre os primórdios do comércio de roupa online, que neste caso se converteu num verdadeiro estilo de vida.

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