Stalking: Clara de Sousa, Rita Ferro Rodrigues e 253 mulheres vítimas em 2021

clara rita
[Fotografia: Instagram/montagem]

Rita Ferro Rodrigues vive atormentada com uma internauta que não perde um post seu para a importunar. A revelação foi feita pela comunicadora, de 45 anos, e chega um dia depois de se saber que Clara de Sousa foi ameaçada por um martelo, junto às instalações da SIC, e perseguida por uma mulher durante três meses.

A apresentadora do Canal 11 recorreu às redes sociais para afirmar que também está a ser vítima de stalking nos últimos tempos.

Importante vincar que, entre 2020 e 2021, registaram-se mais 14 casos de stalking, crime que integra a figura da perseguição e do assédio persistente. Se no ano passado, a Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV) reportou a existência de 253 situações que configuram este tipo de vitimação, no ano que lhe antecedeu – 2020 – foram submetidos 239 casos. Dados que constam dos relatórios estatísticos anuais emitidos pela entidade, com o de 2021 a ter sido divulgado na segunda-feira, 4 de abril.

No caso de Rita Ferro Rodrigues, a filha da apresentadora publicou um vídeo no InstaStories, ferramenta do Instagram, em que não só revela a identidade da mulher que acusa de perseguição como ainda mostra algumas mensagens e comentários que recebeu.

“Rita Ferro Rodrigues passou de feminista capaz para pessoa que conhece quem esteja a ser falado tornando qualquer tragédia num spot de luz sobre ela, ela e ela”, “Esperemos que a Rita Ferro Rodrigues se indigne com o ordenado de Relações Públicas no Algarve” ou “A Rita Ferro Rodrigues (façam-lhe chegar a palavra) como representante das feministas devia ouvir mais e atacar menos” são algumas das mensagens escritas pela internauta.

Num InstaStory seguinte, Rita Ferro Rodrigues brincou ainda com a situação partilhando uma imagem na qual estava escrito: “Bom dia, stalker, estou-me a sentir bem, obrigada por verificares. Apenas tem cuidado para não clicares duas vezes”.

Recorde-se que em Portugal, o stalking passou a ser considerado crime de perseguição em 2015 e é punível com pena até três anos ou multa.