Rita Pereira faz mudança de visual radical e é acusada de apropriação cultural

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Fotografia: Instagram de Rita Pereira

Rita Pereira decidiu mudar o seu visual e optou por umas longas tranças com inspiração africana.

Após a partilha nas redes sociais a intérprete, de 40 anos, recebeu várias críticas, nomeadamente, de apropriação cultural.

Rita Pereira publicou um vídeo em que surge a dançar ao som de “Filha da Tuga”, de Irma Ribeiro, e rapidamente, somou vários comentários sobre o visual. “Agora sim, a ‘Maria’ foi dar uma voltinha, foi Viver a vida, foi encontrar-se, foi ser feliz. Gostaram da mudança?!”, começou por escrever a atriz.

“Aproveito para partilhar convosco o novo som da querida Irma ‘Filha da Tuga’, que está tudo de bom, positivo e a mensagem que todos devem escutar com atenção. Adoro! E descreve a realidade de muitos dos meus amigos que, vezes sem conta já ouviram: ‘Vai para a tua terra’. A todos vocês que um dia passaram por isso, eu grito bem alto: Fica aqui na tua terra!”, legendou.

As tranças da atriz chamaram a atenção dos seguidores, mas se por um lado houve quem elogiasse Rita Pereira, por outro lado também houve quem não gostasse da mudança.

 

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Uma publicação partilhada por Rita Pereira (@hyndia)

“Estás bonita a dançar, e sei que tens a tua energia dentro de ti, da mulher feliz que tens o direito em ser, mas querida essa descrição da música não faz sentido nenhum”, começou por escrever uma internauta.

“Tu não és preta para os brancos, vocês nunca vão ser pretos, nunca e nunca vão saber o que é ser preta principalmente aqui em Portugal. Pelo facto de gostares da nossa cultura e de ela fazer parte dos teus laços, não és preta e nem vais ser. E por seres tão privilegiada por ser branca, consegues cantar esta letra e meter na Internet como se nada fosse. Aliás, quem fez a letra foi a mesma coisa”, continuou a seguidora.

Rita Pereira não gostou do comentário e não tardou a responder: “Mas quem disse que sou preta para os brancos?! Estou a cantar, não estou a dizer que eu sou a letra desta música. Não sou preta, eu sei, nunca o serei, eu sei, mas admiro a cultura, vivo a cultura desde que nasci, defendo e respeito. Não entendo realmente este ataque mas sinto-me tranquila com as minhas atitudes e se um dia errar tenho muitos amigos e família pretos para mo dizerem, obrigada”.

Rita Pereira recorreu ainda ao InstaStories, ferramenta do Instagram, para desabafar sobre o caso.

“Obrigada aos 340 comentários de angolanos a defenderem-me. Continuarei com as minhas twists lindas até me apetecer, honrando a cultura africana com todo o respeito e admiração que tenho pela mesma”, afirmou.