Quem é Roberta Metsola, a presidente do Parlamento Europeu

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[Fotografia: EPA/JULIEN WARNAND]

Era a favorita e a eleição de 18 de janeiro de 2022 confirmou isso mesmo. No dia em que completou 43 anos, democrata cristã maltesa sucedeu ao socialista italiano David Sassoli, que morreu uma semana antes, e assumiu a presidência do Parlamento Europeu até 2024.

O voto foi secreto e à distância devido às restrições impostas pela pandemia e Metsola venceu a sueca Alice Bah Kuhnke (Grupo dos Verdes/Aliança Livre Europeia), o polaco Kosma Zlotowski (Grupo dos Conservadores e Reformistas Europeus) e a espanhola Sira Rego (Grupo da Esquerda). A maltesa obteve a maioria dos votos, com 458 em 690 deputados. Houve 74 votos em branco ou nulos.

Quatro filhos e a batalha da conciliação família e trabalho

Metsola chegou a Estrasburgo em 2013, sendo uma das primeiras mulheres maltesas a chegar ao Parlamento Europeu. Advogada de formação, especialista em direito comunitário, Metsola é mãe de quatro rapazes: Luca, Alec, Marc e Kristian, sendo o mais velho adolescente e o mais novo a ter quatro anos, como revela no site homónimo.

[Fotografia: robertametsola.eu/]
[Fotografia: robertametsola.eu/]
[Fotografia: robertametsola.eu/]
Na mesma plataforma, Metsola, que estava na vice-presidência do Parlamento Europeu, apresenta-se como “uma rapariga do Mediterrâneo” e revela fotos da infância, adolescência e início da idade adulta.

A nova presidente do Parlamento Europeu está casada com o finlandês Ukko Metsola desde 2005. E é no capítulo que dedica à família que Roberta vinca que a conciliação é uma das suas batalhas política. “Apesar de todos os avanços nos cuidados infantis e no trabalho flexível, a verdade é que meu marido e eu não conseguiríamos criar uma família e ter uma carreira sem a ajuda que temos – e estou determinada a fazer o que puder no tempo que tenho na política para facilitar a vida de outros pais”, lê-se no site.

[Fotografia: robertametsola.eu/]
O anúncio oficial das candidaturas foi feito na segunda-feira em plenário pelo vice-presidente do Parlamento Europeu (PE), Pedro Silva Pereira. Neste mesmo dia, o Parlamento Europeu prestou homenagem a David Sassoli, numa cerimónia em Estrasburgo, durante a qual vários dirigentes europeus destacaram o legado que deixa na Europa, marcado pela defesa dos mais vulneráveis.

O adeus a David Sassoli

Sassoli morreu em 11 de janeiro, aos 65 anos, em Aviano (Itália), onde se encontrava hospitalizado desde 26 de dezembro, sendo o primeiro presidente do Parlamento Europeu a morrer em exercício de funções nas quais estava prestes a ser substituído, no cumprimento de um acordo de partilha do mandato de cinco anos.

David Sassoli contraiu uma pneumonia em setembro de 2021, que o obrigou a receber tratamento hospitalar em Estrasburgo e, embora tenha recebido alta hospitalar uma semana depois, prosseguiu a recuperação em Itália e esteve mais de dois meses ausente das sessões plenárias do parlamento, regressando no final do ano.