Robin Wright, a antítese da estrela de Hollywood

Robin Wright
Robin Wright

A Claire Underwood da série de sucesso ‘House of Cards’ diz não sentir nenhum desejo de ser reconhecida aos olhos do público e prefere estar afastada do star system. “Nunca tive esse desejo nem nunca irei ter – que o público saiba quem eu sou. De qualquer forma, ele já cria uma imagem daquilo que sou, por isso que o faça”, contou a atriz norte-americana em entrevista ao magazine online ‘The Talks’.

“O que sempre quis foi criar os meus filhos, constituir uma família, e não estar na capa da revista ‘People’ como o Brad [Pitt] e a Angelina [Jolie]. Definitivamente, não queria algo assim”, partilhou. E assim o fez. A atriz teve dois filhos com o ator Sean Penn: Dylan Frances, 25 anos, e Hopper Jack de 27. Apesar de já adultos, Robin Wright revelou ter uma relação “próxima” com ambos. Tão próxima que, apesar de já terem saído de casa há três meses, “eles querem regressar”. Ainda assim, admite que a experiência de estar longe dos filhos lhe confere uma segunda juventude.

“É ótimo. Agora tenho tempo para mim. Já não tenho que me preocupar com as boleias para os treinos de futebol”, brincou.

Questionada sobre a utilidade da fama, Robin Wright disse preferir que o seu status de celebridade lhe sirva para dar visibilidade a outras causas. “Devíamos todos fazer isso. Nunca foi da minha natureza ir a uma red carpet e dizer: ‘Publicitem-me!’ Uma coisa é ir e apoiar um filme e aí sim, é preciso alinhar nesse jogo até um certo ponto, mas há outras paixões na vida. Ser apaixonado por ir a uma red carpet e dizer ‘Olhem para mim, olhem para o meu vestido’ – não estou interessada”, explicou a atriz, que integra o elenco do filme ‘Wonder Woman’, a estrear em 2017.

Na mesma entrevista, Robin Wright elogia o ator Sean Penn com que esteve casada durante 14 anos. Em 2010, Penn fundou a J/P Haitian Relief Organization, uma organização sem fins lucrativos criada na sequência do terramoto que atingiu o Haiti no mesmo ano. “O Sean nasceu com a necessidade de ajudar o próximo. E é tão bonito ver o que a sua organização tem feito. Eles mudaram-se para oferecer ajuda de emergência e montar acampamentos, mas enquanto organizações como os Médicos sem Fronteiras, a Cruz Vermelha ou a Unicef prestaram ajuda e foram embora, o Sean ficou e contratou haitianos. Formaram doutores, enfermeiros e professores para as crianças – todos nativos – e agora 98 por cento dos trabalhadores da organização são habitantes locais”, revelou.