Ronaldo sobre caso Mayorga: “A minha mãe e irmãs ficaram estupefactas e furiosas”

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Cristiano Ronaldo e Georgina Rodriguez na bancada do estádio da Juventus, na terça-feira, 2 de outubro [Fotografia: Massimo Pinca/Reuters]

Aborda a sua saída do Real Madrid, aponta o ‘dedo’ ao presidente Florentino Pérez, pela forma como alterou o seu comportamento e deixou de considerar o avançado como a grande figura do clube, e fala ainda sobre o caso do momento, a acusação de que foi alvo por parte da norte-americana Kathryn Mayorga e um dos temas mais quentes do momento na vida do craque. Está tudo na entrevista que o capitão da seleção portuguesa concedeu à revista francesa France Football, que será publicada na integra na terça-feira, num trabalho exclusivo daquela publicação.

O futebolista português Cristiano Ronaldo revela que saiu do clube espanhol por já não sentir que era um jogador “indispensável” e assumiu que o caso da alegada violação nos Estados Unidos está a afetar a sua vida.

“Claro que essa história interfere na minha vida. Tenho uma namorada, quatro filhos, uma família que é muito próximo de mim. Sempre tive uma reputação de ser uma pessoa exemplar. Eu sei quem sou e o que fiz. A verdade será conhecida um dia”, disse Cristiano Ronaldo, revelando que o “pior foi para a minha mãe e para as minhas irmãs”, e que tanto ela como as irmãs acolheram as notícias com um misto de sentimentos: “Ficaram estupefactas e furiosas. Nunca as tinha visto assim”, admite o jogador. Quanto a Cristiano Jr, o seu filho mais velho, diz ser ainda demasiado novo para perceber todo o impacto de uma história como esta.

Sobre a sua vida profissional, que deverá marcar o essencial da conversa, Ronaldo vai ainda mais longe. “Senti que já não me tratavam, sobretudo o presidente, como no princípio. Nos primeiros quatro, cinco anos, senti que era o Cristiano Ronaldo. Depois disso, menos. Deixei de ser indispensável e sentia que se chegasse uma proposta, o presidente não me impediria de sair”, explicou o jogador de 33 anos, acrescentando ainda que rejeitou ofertas milionárias da China e que optou pela Juventus por ter sido o único clube que demonstrou que realmente o queria contratar. “Se fosse uma questão de dinheiro, teria ido para a China, onde me ofereciam cinco vezes mais. Não vim para a Juventus por causa do dinheiro. Ganhava o mesmo no Real Madrid, até mais. A Juventus desejou-me de verdade. Disseram-me isso e demonstraram-me isso”.

[Lusa/Delas.pt]

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