Pontualmente, às 15.00 horas desta terça-feira, 11 de março, Luís Montenegro entrou na Assembleia da República para debater a moção de confiança que, uma vez rejeitada de acordo com a manifestação já conhecida dos partidos, fará expectavelmente cair o executivo liderado pelo primeiro-ministro social-democrata.
Logo a seguir a Montenegro, entravam no hemiciclo a ministra da Saúde, Ana Paula Martins, e a da Juventude e Modernização, Margarida Balseiro Lopes. Num momento em que todas as vias de comunicação importam e podem ser usadas para transmitir mensagens, a escolha cirúrgica das cores dos coordenados blazer e calça por parte das duas ministras, a secundarem Montenegro, também fazem pensar.
A ministra da Saúde escolheu o vermelho. Se inicialmente, na transmissão televisiva, a tonalidade que evidenciava era o rosa forte – como a Delas.pt avançou – a verdade é que Ana Paula Martins escolheu o vermelho. Um tom que representa simbolicamente poder, liderança e motivação.
Já a ministra da Juventude e Modernização Margarida Balseiro Lopes, que tem sob a sua tutela o pelouro da igualdade de género, elegeu o roxo, a cor que representa a eliminação da violência contra as mulheres e que tem sido tom do Dia Internacional da Mulher, que se celebrou no último sábado, 8 de março, como é vista como a cor da batalha contra a violência doméstica. Recorde-se que esta opção foi tomada pelas sufragistas inglesas em 1908 na luta pelo direito ao voto, mais tarde, já nos anos 70 do século passado seria a cor adotada como a síntese entre o rosa e o azul, com o intuito de diluir a desigualdade, esbatendo-a numa cor só.
[Notícia atualizada às 16.30h]
