Rosa Mota: “Já tive alta hospitalar e vou começar a normalizar a minha saúde”

Jogos Olimpicos: Chegada dos medalhados Iuri Leit„o; Rui Oliveira; Fernando Pimenta e outros atletas
Rosa Mota [Fotografia: José Carmo/Arquivo]

Cerca de uma semana depois de ter sido submetida a uma cirurgia, Rosa Mota, de 66 anos, já está em casa recuperar. A atleta olímpica informa, em nota enviada às redações, que já está a convalescer de um “grave problema de saúde” que, com a ajuda “da ciência e dos médicos” foi debelado.

Diagnosticada com um aneurisma da aorta, detetado em dezembro, a maratonista foi sujeita intervenção cirúrgica programada no Hospital de Santo António, no Porto. “Já tive alta hospitalar e vou começar lenta, mas progressivamente, a tentar normalizar a minha saúde”, afirmou a atleta, deixando agradecimento “à ciência e a todos os que, nos hospitais e serviços vários por onde passei, me ajudaram a ultrapassar o grave problema que tive”.

Rosa Mota confirmou ainda que o “problema surgiu minutos antes da São Silvestre de Madrid, em 31 de dezembro, e não na São Silvestre El Corte Inglês, a 15 de dezembro”. “E também não foi ao minuto 30 da minha corrida, como chegou a ser dito, e muito menos foi uma dor muito intensa”, sublinhou.

Na nota emitida ao início da semana, o presidente da Federação Portuguesa de Atletismo, Domingos Castro, lembrou que “todo o atletismo está com a Rosa Mota, a torcer para que melhore rapidamente e para que possamos voltar a vê-la muito em breve a dedicar-se à sua paixão de sempre, o atletismo”.

 

Rosa Mota, natural do Porto, foi campeã olímpica da maratona nos Jogos Olímpicos de Seul, em 1988, após ter sido bronze em Los Angeles, em 1984. Do seu palmarés constam ainda três títulos europeus (1982, 1986 e 1990) e um mundial (1987).

Ainda é a recordista nacional da maratona, com o registo de 02.23,29 horas, marca conseguida em Chicago em 1985.

Nos últimos anos, Rosa Mota reapareceu ao mais alto nível e venceu várias provas de veteranos, tendo estabelecido em Barcelona, em 2024, o recorde do mundo da meia-maratona (1:24.27 horas), para o escalão dos 65 aos 69 anos. “Rápidas melhoras, Rosa”, desejou Domingos Castro, num sentimento que envolve todo o universo do atletismo.