“Esta coleção tem um objetivo muito claro: a internacionalização”, contou Roselyn Silva ao Delas.pt. A designer de São Tomé e Príncipe apresentou as suas criações mais recentes num desfile privado a bordo do iate Kuriakos – London, ao largo de Cascais, esta quinta-feira à noite.
“É uma coleção feita a pensar muito nas mulheres em todo o mundo. Quero mostrar a toda a gente que sou uma estilista africana, mas para o mundo”, prosseguiu.
As inspirações, defendeu, são as que formam a sua identidade desde sempre: os padrões africanos, mas agora “com um corte mais contemporâneo e mais europeu”. “É o lado da Roselyn Silva mais português, mas com as minhas raízes nas cores e nos padrões. É uma coleção mais resort, como lhe chamo. E é mais arrojada e sensual, porque a mulher portuguesa também é sensual”, explicou.
Depois de ter participado no programa de televisão da SIC ‘Shark Tank’, em 2015, e de ter conseguido apoio de dois investidores, Roselyn abriu duas lojas físicas em Lisboa e no Porto. “Brevemente haverá uma no Algarve e já estamos a caminhar para Nova Iorque, França, Berlim e alguns países de África, nomeadamente Angola e África do Sul”, enumerou.
“Vivemos no mundo em que há muita crise, mas o africano, mesmo com todas as dificuldades, consegue passar uma energia muito positiva e alegre. Os padrões africanos traduzem isto mesmo e por isso tornam-se atrativos”.
A estilista de 32 anos acredita que “o mundo está cada vez mais com os olhos postos em África”, o que lhe dá “oportunidade para mostrar mais” a sua “cultura e trabalho”. “Eu expresso-me através das minhas coleções e tenho sentido que o público, não só português mas a nível mundial, também está a aderir a este estilo mais étnico”, prossegue Roselyn, frisando que o que “atrai as mulheres portuguesas na cultura africana” é a “alegria, o bem-estar, a boa disposição e o entusiasmo com as coisas mais simples”.
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