
Moda e tecnologia de mão dadas a tomarem conta da Semana da Moda de Paris, que está em curso esta semana. A marca Anrealage, nas mãos do diretor criativo japonês Kunihiko Morinaga, apresentou uma coleção para outono/inverno 2023 feita de tecidos fotossensíveis que se tingiam com outras cores e até padrões – como riscas – apenas com a luz, em direto na passerelle.
A apresentação teve lugar na terça-feira, 28 de fevereiro, e juntou a tecnologia a propostas de moda que começaram por se apresentar num monocromático bege, mas mudavam de cor assim que a luz UV descia da cabeça aos pés dos manequins.
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Mais uma sagração da tecnologia na moda depois de Coperni ter deixado o mundo boquiaberto com o vestido feito em spray, no momento e sobre o corpo de Bella Hadid. Contudo, no caso de Morinaga, há mais de uma década que trabalha com esta fotossensibilidade e pintura reversível nas soluções de moda, tendo, aquando da sua colaboração com a Fendi para a coleção masculina de outono-inverno de 2020 e na qual apostava já na tecnologia de luz para transformar as peças. A novidade, neste caso, está mais centrada nos materiais em que se mostra do que na pintura reversível em si, sendo agora possível em seda, veludo e imitação de pele.
As apostas surpreendentes na Semana da Moda de Paris não se ficam, porém, por aqui.
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No mesmo dia, 24 de fevereiro, a dupla da marca dinamarquesa Heliot Emil incendiou – sem eufemismos – a passerelle da semana da moda. A insígnia apresentou um manequim vestido integralmente de negro e com cógula que, antes de pisar a apresentação, foi incendiado no tronco e nas pernas.