Roupa sustentável não é assim tão cara

A sustentabilidade é o novo luxo, mas não tem de ter preços incomportáveis. Na galeria acima reunimos algumas peças de roupa que se preocupam com o ambiente e com a humanidade sem que isso se traduza em muitos zeros à direita nas etiquetas.

“Precisamos de abrandar o consumo, parar de poluir os oceanos e respeitar a sociedade. Dez milhões de crianças com menos de dez anos são vítimas de trabalho infantil” disse Stefan Seigel, fundador e CEO da marca Not Just a Label, na Conferência de Luxo da Condé Nast, que aconteceu em abril em Lisboa. Esta preocupação está cada vez mais presente na vida dos consumidores, mas também nas marcas.

Nos gigantes do luxo assistimos cada vez mais a esta realidade, promovendo o lançamento de coleções especiais, de materiais alternativos que deixem um rasto de menor poluição e de mal-estar animal. Da mesma forma, também as matérias-primas adquiridas através do comércio justo e as colaborações com artesãos locais são soluções cada vez mais presentes.

H&M Conscious Exclusive

No mass market, esta consciência é também uma realidade crescente, com algodão e linho sustentáveis a tornarem-se os materiais preferidos de grandes marcas como a Mango, a Zara e a H&M.

A par destes surgem agora os tecidos reciclados, feitos a partir de dejetos de plásticos que são encontrados no fundo mar. Na nova coleção Conscious Exclusive da H&M velhas redes de pesca deram origem a bonitos vestidos, enquanto na Oysho e na marca portuguesa 38Graus os plásticos que poluem os oceanos deram vida a fatos de banho e biquínis.

Na verdade, há muito que as garrafas de plástico ganham vida em tecidos que em tudo se assemelham aos tradicionais. Uma das marcas pioneiras neste caminho foi G-Star que, em parceria com Pharell Williams, lançou a coleção Raw for the Oceans com calças de ganga feitas de plástico reciclado. Hoje, a prática é cada vez mais comum e já chegou a peças bem mais acessíveis.

As marcas de grande consumo como a C&A, a Mango, a H&M, a Zara, a Oysho e a Pull & Bear têm, nas suas lojas, coleções cápsula nas quais a sustentabilidade é a palavra de ordem.

Também em território nacional existem pequenas marcas que fazem deste movimento de reutilização e reaproveitamento a sua bandeira: É o caso da Näz, da 38 Graus e da BYOU. Além destas, existem outras que, mesmo sem fazer da sustentabilidade uma palavra de ordem, mantêm uma produção 100% nacional, um stock reduzido que evita desperdícios e trabalham de perto com artesãos nacionais. São, por isso, boas escolhas quando se pretende comprar de forma consciente.

Imagem de destaque: Mango

Beleza com consciência social e ambiental