‘Rua Sésamo’ ganha boneca cuja mãe tem uma adição de opiáceos

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A personagem Karli de 'Rua Sésamo' [Fotografia: DR]

O programa infantil Rua Sésamo vai ganhar, na sua versão norte-americana, uma nova personagem cuja mãe tem uma dependência de comprimidos. O objetivo é trazer à luz do dia uma realidade de 5,7 milhões de crianças e pré-adolescentes norte-americanos que têm familiares que vivem essa mesma condição.

Segundo dados do Centro norte-americano para o Controlo de Doenças e Prevenção, 192 pessoas morrem por dia devido a overdose deste tipo de medicamentos e que estão registados 399 mil óbitos, entre 1999 e 2017, ligados a opiáceos.

De acordo com a agência noticiosa norte-americana, será a personagem Karli, que foi introduzida na narrativa no início deste ano e oriunda de um orfanato, que revelará isso mesmo a Elmo, um outro personagem da popular série infantil, que chegou a ser adaptada e exibida na estação pública RTP. Ela diz-lhe que a mãe “tem um problema de crescidos”.

Momento em que Karli faz a revelação a Elmo [Fotografia: DR]
Momento em que Karli faz a revelação a Elmo [Fotografia: DR]

No episódio online, Karli revela ainda que tanto ela como a mãe participam em reuniões especiais, nas quais ela passa algum tempo com outras crianças cujas circunstâncias familiares são semelhantes. A mesma série acrescenta que uma outra personagem, Salia, com dez anos e oriunda da Califórnia tem pais que “já passaram pelo mesmo”.

Muito longe de ser a primeira vez que a Rua Sésamo aborda questões sociais na sua programação e nas suas histórias, destaque para, entre os mais recentes casos, a chegada da personagem Lily, uma menina de sete anos que, com a família, teve de abandonar a sua casa e viver em múltiplos sítios desde essa data. Entre as matérias abordadas, é ainda digno de nota o tratamento de temas como o bullying ou de filhos de reclusos.

CB

Imagem de destaque: DR

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